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Guia para Gestores de Escolas

Dica – Paisagismo

Matéria publicada na edição 20 | setembro 2006 – ver na edição online 

 Toda força para o verde

Você tem dado ao paisagismo de sua escola a devida importância? Muitas escolas acabam relaxando nos cuidados com o verde e só requisitam a presença de um profissional habilitado quando a situação está precária. Um arquiteto paisagista está preparado para avaliar as necessidades da escola e projetar espaços que, além das plantas, incluem móveis, iluminação, bancos e outros elementos.

De acordo com o perfil da escola, há um estilo de paisagismo mais adequado. Um deles é o que faz uso de árvores frutíferas e espécies com flores, conhecido como paisagismo produtivo, e muito utilizado em escolas que investem em espaços do tipo fazendinha. “São ideais para escolas que exploram o aspecto pedagógico do paisagismo, onde as crianças podem aprender conhecendo as plantas”, comenta o arquiteto paisagista Rodrigo Zaniolo.

Já as escolas públicas, na grande maioria das vezes por falta de verbas para investir, recorrem a vasos com espécies que precisam de poucos cuidados, como fícus, formio, palmeira leque e moréia. Nos jardins, utiliza-se grama, pedriscos e forrações baixas, como paulistinha e falsa vinha, que crescem rápido. “Pedras grandes decoram e podem ser iluminadas com focos de luz. Outro recurso econômico é abusar da areca bambu, que cria grandes bolsões de vegetação no jardim”, aponta.

Já nas escolas particulares, o arquiteto percebe duas vertentes: a dos grandes colégios, onde a vegetação é parte predominante do espaço, e o das escolas menores, que utilizam os recuos obrigatórios pela Prefeitura para desenvolver seus jardins. No conceito de escola-jardim, recorre-se principalmente aos pinheiros, que têm crescimento acelerado, dão sombra e funcionam como uma barreira contra o vento.
Nos colégios pequenos, o perímetro que rodeia o muro costuma se transformar numa tira de jardim, reta ou de formato sinuoso. Mesmo num pequeno jardim, a escola pode optar por árvores frutíferas de porte pequeno ou médio, como jabuticabeira (a do tipo híbrido dá frutos desde jovem), goiabeira e limoeiro. Jamais deve-se plantar espécies áridas, que têm espinhos ou veneno e são ásperas, caso da iúca e cactus. Lírios da paz, copos de leite e trepadeiras como jasmim, alamanda e tumbérgia são boas opções de convivência com crianças.

Zaniolo afirma que, felizmente, as escolas têm percebido a necessidade de não oferecer somente um pátio para os momentos de lazer dos alunos. “A tendência é que sejam espaços voltados para o bem-estar do aluno, como áreas de sombra para relaxamento, praças de convívio, lagos, pistas de caminhada e bancos curvos que incentivam a conversa”, constata Zaniolo, que participa da 9ª Mostra Paisagismo dentro da FiaFlora Expo Garden, de 4 a 8 de outubro, justamente com um espaço de convivência que utiliza elementos da natureza, como a água, a madeira e a terra.

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