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Guia para Gestores de Escolas

Autogestão na sala de aula

O quarto volume da Coleção Novas Arquiteturas Pedagógicas oferece um guia prático para implantar as assembleias escolares, incluindo os passos a ser seguidos na promoção das assembleias de classe, de escola, de docentes e dos fóruns escolares. Por fim, dá voz aos sujeitos que já vivenciaram esse formato de autogestão, mostrando as mudanças vividas nas relações escolares e sua contribuição para a ética e a cidadania.

 Se os pressupostos atuais da cidadania almejam uma vida digna e a participação social e política a todos os seres humanos, a escola deve ser democrática, inclusiva e de qualidade. Para tanto, precisa promover – na teoria e na pratica – as condições mínimas para que tais objetivos sejam alcançados. Partindo desse raciocínio, o professor Ulisses F. Araújo mostra por que a autogestão na sala de aula e na escola por meio das assembleias é um excelente caminho para uma educação que visa à cidadania e à construção de personalidades morais. No livro Autogestão na sala de aula – As assembleias escolares (112 p., R$ 35,40), lançamento da Summus Editorial, quarto volume da Coleção Novas Arquiteturas Pedagógicas, ele fala de democracia e da busca educativa de caminhos que enfrentem o autoritarismo e as formas violentas de resolução de conflitos, tão normalizados na cultura brasileira. O lançamento acontece no dia 31 de março, terça-feira, das 18h30 às 21h30, na Livraria da Vila, que fica na Rua Fradique Coutinho, 915 – Vila Madalena, São Paulo.

“Aprender a dialogar, a construir coletivamente as regras de convívio e a fortalecer o protagonismo das pessoas e dos grupos sociais é um papel que a escola pode, e deve, exercer na luta pela transformação da sociedade”, afirma o autor. Em sua avaliação, construir novos alicerces culturais, que tenham como sustentáculos a igualdade, a equidade, a solidariedade e o dialogo, permitirá que, no futuro, a maioria da população perceba que a justiça social somente será alcançada com a democracia.

Para o professor, o problema e que, hoje, as crianças e os adolescentes vão à escola para aprender as ciências, a língua, a matemática, a história, a física, a geografia, as artes – e apenas isso. Não existe o objetivo explícito de formação ética e moral das futuras gerações. “A escola, como instituição pública criada pela sociedade para educar as futuras gerações, deve se preocupar também com a construção da cidadania, nos moldes em que atualmente a entendemos”, complementa.

Dividido em três capítulos, o livro aborda a prática das assembleias, sua forma de organização e funcionamento, os medos, as inseguranças, as resistências e as conquistas vivenciados por aqueles que entendem o diálogo e a importância do coletivo como maneiras democráticas de regular as relações das pessoas entre si e consigo mesmas. Assim, a obra começa por definir democracia escolar, o que significa uma educação com base na resolução de conflitos, e como isso se articula com a proposta das assembleias escolares.

No segundo capitulo, o autor oferece um “guia pratico” para implementar as assembleias escolares e desenvolvê-las, permeando a discussão com reflexões advindas de mais de 20 anos de trabalho com esse tema, incluindo os passos a ser seguidos na implantação das assembleias de classe, de escola e de docentes e dos fóruns escolares nos mais diversos tipos de instituição e contexto.

Já no terceiro capítulo, o professor dá voz aos sujeitos que já vivenciaram as assembleias – docentes e estudantes –, por meio de seus relatos sobre as mudanças vividas nas relações escolares e de dados de pesquisa que sustentam o trabalho das assembleias para a construção de valores de ética e de cidadania. “Espero incentivar a prática das assembleias em nossas escolas”, diz o autor, destacando que a obra pretende ser um estímulo para que professores e gestores continuem o trabalho e percebam que não estão sozinhos nessa árdua luta pela construção coletiva da democracia.

Para ele, a formação de valores democráticos deve partir de temáticas significativas do ponto de vista ético e propiciar condições para que os alunos desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de seus sentimentos – e dos das demais pessoas – e desenvolvam a capacidade autônoma de tomar decisões em situações conflitantes do ponto de vista ético/moral.

Coleção

Coordenada pelo professor Ulisses F. Araújo, a Coleção Novas Arquiteturas Pedagógicas tem como ponto de partida atender as demandas e necessidades de uma sociedade democrática, multicultural e inclusiva, permeada pelas diferenças e pautada no conhecimento inter, multi e transdisciplinar. Para tanto, publica livros que ajudem os profissionais da educação a construir ambientes educativos inovadores, atentos a formas diferentes de organização dos tempos, espaços e relações na educação. O objetivo é auxiliá-los a incorporar novas linguagens e tecnologias na sua prática docente, bem como aplicar a ética nas relações humanas dentro e fora da escola.

O autor

Ulisses F. Araújo é professor titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP Leste), onde coordena o Núcleo de Pesquisas em Novas Arquiteturas Pedagógicas. Presidente da PanAmerican Network for Problem-Based Learning (PANPBL), é membro do comitê editorial do Journal of Moral Education. Foi consultor do Ministério da Educação e desde 2008 coordena os cursos de especialização em ética e cidadania no âmbito da parceria USP-Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Tem sete livros publicados no Brasil, todos versando sobre cidadania, construção de valores, educação moral e mudanças na educação.

Título: Autogestão na sala de aula – As assembleias escolares – Coleção Novas Arquiteturas Pedagógicas

Autor: Ulisses F. Araújo

Editora: Summus Editorial

Preço: R$ 35,40 (E-book: R$ 22,50)

Páginas: 112 (14 x 21 cm)

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