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Guia para Gestores de Escolas

A escolha do piso para os diferentes ambientes do ambiente escolar.

Muitas vezes nos depararmos com estabelecimentos de ensino cujos espaços não são adequados à sua função. As instalações são adaptadas e obras feitas sem qualquer regra acabam prejudicando o aprendizado

Qualquer projeto de arquitetura escolar tem necessidades específicas, afinal estamos falando de um ambiente dedicado à formação de pessoas em diferentes fases da sua vida e isto faz total diferença no futuro de cada uma delas.

Um ponto importante em todos os ambientes que compõe a escola e que tem ligação direta com o conforto de quem os utiliza é o revestimento do piso.

Pode parecer um detalhe sem grande importância, mas a escolha incorreta deste acabamento pode gerar acidentes, criar um ambiente desconfortável e até provocar a proliferação de doenças.

Mas como decidir qual a opção correta se não tenho conhecimento técnico?

Critérios simples podem auxiliar na escolha do melhor material para o revestimento de piso de cada ambiente. Dividimos as dicas para cada um dos principais espaços de uma escola:

  1. Cozinha e banheiros – estes são ambientes em que a segurança e limpeza são fundamentais. A presença constante de água requer a escolha de um revestimento antiderrapante. A facilidade de manutenção também é de extrema importância e assim os pisos cerâmicos e porcelanatos se apresentam como uma excelente alternativa. As clores claras disfarçam menos a sujeira e por isso a limpeza deve ser constante, cinzas e beges funcionam bem nestes ambientes.
  2. Laboratórios – nestes espaços as atividades podem gerar resíduos que danificam e mancham o piso. É recomendado o uso de pisos antiderrapantes, totalmente nivelado evitando-se assim tropeços e quedas. Os revestimentos cerâmicos são uma boa opção principalmente se levarmos em consideração o custo e a facilidade de aplicação. Entretanto no mercado existem excelentes opções de pisos vinílicos que devem ser considerados.
  3. Salas de aula – aqui a idade do aluno é um fator importante na escolha. Para berçários o piso dever ser antiderrapante, de fácil limpeza,  ter propriedade de absorção de impactos e de ruídos e com características térmicas que permitam o conforto do bebê  ao engatinhar e ao andar. A partir destas considerações os pisos vinílicos em manta e os pisos em vinil podem ser escolhidos tranquilamente como um alternativa segura. Uma terceira opção com boa relação custo benefício é o piso em EVA.

Para as crianças até 5 anos os pisos vinílicos continuam sendo uma excelente opção.

Acima desta idade pisos monolíticos, como o granilite, também se apresentam como uma boa alternativa.

  1. Biblioteca – as atividades desenvolvidas na biblioteca tem se apresentado cada vez mais diversificadas: leitura, roda de histórias, saraus…assim o piso também pode ser versátil e variado. A mistura entre materiais é bem vinda e neste ambiente pode-se encontrar desde o carpete em placas, tapetes e pisos vinílicos até o bom e velho piso cerâmico.
  2. Refeitório – aqui a situação é bem parecida com a que encontramos na cozinha, portanto as escolhas também devem recair em revestimentos cerâmicos e porcelanatos antiderrapantes e de fácil manutenção. Para escolas de educação infantil também é possível a aplicação de pisos vinílicos que cuja manutenção é bem simples.
  3. Pátios e áreas externas – nestas áreas da escola o uso da cor pode ser explorado de forma mais livre e opções interessantes de pisos emborrachados surgem como grandes aliados na criação de ambientes lúdicos e que ofereçam boa segurança para os alunos menores. Além da propriedade de absorção de impactos, algumas marcas de pisos de borrachas também tem a qualidade de serem feitos a partir de material reciclado. Em escolas onde não é possível ter uma área ajardinada a grama sintética também é uma excelente alternativa, ela pode ser aplicada diretamente sobre o contrapiso de forma rápida e limpa. Finalmente pisos cerâmicos antiderrapantes também são uma alternativa segura e de excelente custo benefício para áreas externas

No projeto da Toddler Desenvolvimento Infantil, diversos padrões de piso vinílico foram utilizados, delimitando áreas e criando um espaço lúdico e criativo. Foto: Ateliê Urbano

Pensar em cada ambiente separadamente e definir o as atividades a serem desenvolvidas em cada um deles é a maneira mais simples de decidir qual a melhor opção de revestimento.

Depois de feita a escolha é importante contratar uma empresa ou um profissional que saiba instalar corretamente o revestimento. Assim fica garantida a qualidade da aplicação e a durabilidade do piso, cada uma das opções expostas tem características próprias e um método diferente de instalação, sendo assim não basta investir num bom material, é preciso ficar atento à colocação correta deste.

No caso de reformas também é fundamental atentar para o prazo disponível para a troca do piso existente pelo novo material. Algumas opções podem ser aplicadas diretamente sobre o piso existente, gerando uma economia significativa de tempo e de recursos financeiros. Já outras requerem a retirada do material existente e precisam de um prazo maior para sua execução. O planejamento é fundamental para que a obra não interfira nas atividades da escola.

Uma boa escola deve oferecer ambientes seguros e confortáveis a seus usuários e investir em revestimentos de pisos adequados a cada espaço é uma providência que pode transformar a escola. Os custos com manutenção e limpeza podem ser diminuídos já que a durabilidade será maior. O conforto dos alunos fará com que pais se sintam mais seguros. Funcionários poderão trabalhar de forma mais tranquila já que o risco de acidentes com os alunos será bem menor. Finalmente a soma de todos estes elementos fará com que o aprendizado seja facilitado e a escola obtenha bons resultados e se destaque no mercado.

motaClaudia Mota é arquiteta formada pela FAU Mackenzie e com pós graduação na área de “Sustentabilidade das Edificações” na mesma instituição. Atua na área desde 1995 quando encerrou o curso de edificações pela Escola Técnica Federal de São Paulo. Trabalhou nos escritórios de arquitetos Samuel Szpigel e Joan Villà. Em 2001 fez estágio na Câmara Municipal do Montijo em Portugal onde iniciou sua atuação em projetos de arquitetura escolar. Em 2003 formou o Ateliê Urbano escritório que desenvolve projetos de arquitetura e paisagismo e que tem como foco o desenvolvimento de projetos para instituições de ensino

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