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Guia para Gestores de Escolas

Jovens aprendem educação financeira no colégio

Instituições ensinam o aluno a poupar, organizar mesada e até a investir na Bolsa de Valores

Aprender a contar as notas desde pequeno pode tornar as escolhas mais equilibradas no futuro. A educação financeira, adotada há mais de dez anos em instituições particulares como parte das aulas de matemática ou projeto para a grade curricular, cumpre um grande papel para orientar os jovens a lidarem com as questões relacionadas ao dinheiro. Cada instituição adota métodos diferentes para auxiliar o adolescente a assimilar o valor da nota para ser um consumidor responsável.

No Colégio Mary Ward, instituição localizada no bairro do Tatuapé, o projeto de educação financeira é uma disciplina que faz parte da grade curricular do 1º ano do Ensino Médio e reforçada em matérias do 3° ano. As aulas têm o objetivo de prepará-los de forma certeira para questões importantes do vestibular, além de orientar as questões pessoais relacionadas ao dinheiro, como por exemplo, a evitar o saldo negativo em conta no banco.

“Trabalhamos em sala sobre como estabelecer metas, organizar custos, prática do orçamento, entendimento de juros e investimentos para que esse aluno possa ser orientado de uma maneira saudável e responsável em relação ao dinheiro”, diz Patricia Bacarro, professora de educação financeira do Mary Ward.

“Durante as aulas, os alunos conhecem as somas de valores de juros de cartões de crédito, compra de imóveis e carros, revisões de porcentagem e métodos para investir em poupança, por exemplo. Costumo levar faturas de cartão de crédito para que eles possam fazer as somas de diferentes valores em tempos de dívida”, explica Patricia.

A educadora conta que as turmas são muito receptivas com o assunto e sempre levam casos sobre os cartões de créditos e imposto de renda dos pais. “Muitos alunos questionam sobre investimento na Bolsa de Valores. Aprendem como funciona o mercado de ações, capital estimativo e aplicação em poupança”, relata Patrícia.

No Colégio Pio XII, instituição localizada no bairro do Morumbi, o projeto de educação financeira é um curso a parte, com aulas ministradas para o 2º ano do Ensino Médio. “A principal meta é a conscientização do jovem frente ao mundo consumista”, diz a professora da disciplina no Colégio, Ana Maria Magri Andolfato.

A aula é semanal e faz parte da grade curricular do colégio desde 2006. Além de poupar, os alunos aprendem a guardar, administrar e fazer render o dinheiro. “99% dos alunos têm poupança. É preciso ensiná-los sobre como manter esse dinheiro”, pondera Ana Maria. Além disso, os estudantes aprendem a investir – sobre o funcionamento da Bovespa e sobre o mercado de risco.

Os alunos do Pio XII fazem uma planilha de gastos pessoais, conhecida como “Quanto custo para meus pais”, onde anotam diariamente seus gastos e os gastos mensais que os pais têm com eles. “O objetivo é fazer com que se conscientizem e valorizem tudo que conquistam e o que os pais proporcionam. O maior desafio é reduzir custos”, relata Ana Maria.

A professora já percebe diferenças no comportamento de seus alunos. “Muitos economizaram dinheiro e reduziram gastos com balada, alimentação fora de casa e vestuário”, conclui.

Colégio Mary Ward

O Colégio Mary Ward é uma instituição que desenvolve seus trabalhos de educação há mais de 70 anos, no bairro do Tatuapé, zona Leste de São Paulo.  Com uma infraestrutura diferenciada e instalações de alto padrão, a escola oferece ensino desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, e tem como proposta pedagógica a formação de cidadãos que sejam agentes eficazes de transformação com a promoção de valores de fraternidade, humanismo social, caridade, solidariedade, gratuidade, respeito ao diferente, compreensão e tolerância.

Colégio Franciscano Pio XII

O Colégio Franciscano Pio XII foi fundado em 1954 com o compromisso educacional conduzido pela filosofia franciscana. Há mais de 60 anos forma gerações com o diferencial de educação em constante diálogo entre o conhecimento acadêmico e a formação humana, entendendo o educando como agente de transformação social, que atua em prol do fortalecimento de um mundo justo e fraterno.

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