Consultora da Aporé, uma empresa educacional, ressalta que o autoconhecimento é uma das chaves para essas decisões
O meio do ano é hora de muitos estudantes prestarem vestibular, e assim dar a largada na caminhada da vida profissional. Mas nem sempre as escolhas são fáceis, e tampouco é simples lidar com as frustações quando, por exemplo, o plano “A” não dá certo.
E são inúmeras as decisões a serem tomadas: qual curso escolher, onde morar, a universidade perfeita. Para ajudar a responder a essas e outras questões, é preciso, em primeiro lugar, olhar para dentro de si. “É importante que, por mais que a fase da vida seja de muitas dúvidas, o estudante separe alguns momentos de profunda reflexão para poder realizar escolhas que vão de encontro aos seus objetivos, sonhos e, principalmente, propósitos”, afirma Ana Catarina Motta Ferreira, diretora da Aporé, empresa especializada em programas educacionais.
Justamente por identificar que esse público, jovens de 15 a 20 anos, pode necessitar apoio durante esse período, que a Aporé criou um programa específico, chamado Paranauê. “É onde oferecemos apoio para o autoconhecimento, oficinas de imersão em profissões e, trabalhamos com a autoconfiança”, afirma.
Confira as dicas:
1) Como escolher a profissão?
Imagine-se exercendo a profissão que têm mais afinidade. Reflita sobre o que quer para seu futuro em termos de qualidade de vida, financeira, familiar, etc. Algumas profissões exigem mais do que outras. Um médico, por exemplo, principalmente no início da carreira, nem sempre terá todos os finais de semana livres ou escapará de um plantão na noite de Natal. Olhe para dentro de si e observe suas necessidades aptidões.
2) Procure profissionais do mercado e troque experiências
Experimente conversar com pessoas que exercem a profissão que almeja ou faça vivências nesses locais de trabalho para perceber qual sua identidade. Se sente bem com a rotina de trabalho? Gosta do ritmo? Entenda o processo e compartilhe suas dúvidas com profissionais mais experientes. Esse é o momento de menos teoria e mais vivência.
3) Devo seguir a profissão dos meus pais?
Provavelmente, você deve ter passado boa parte da sua vida observando o trabalho de seus pais e percebendo suas dificuldades e vitórias. Reflita sobre tudo que vivenciou até aqui. Seguir a trajetória familiar pode ser uma decisão mais cômoda, já que esse pode ser um caminho mais fácil. Reflita se você apenas quer permanecer em sua “zona de conforto” ou realmente se a vida profissional da sua família te conquistou.
4) Fazer cursinho ou ir direto ao vestibular?
Decidir sua carreira profissional aos 17 anos não é tarefa fácil e é compreensível que muitos adolescentes não estejam preparados para isso. Cursar uma universidade implica em muitas mudanças: sair da casa dos pais em alguns casos, ter mais reponsabilidade e independência. O tempo é valioso, mas muitas vezes, é preciso saber esperar para colher o melhor fruto. Fazer um cursinho pré-vestibular pode ser o momento de preparação para que a entrada na faculdade seja uma decisão mais segura e, portanto, melhor aproveitada.
5) Não passei no vestibular. E agora?
Use isso a seu favor e aprenda com seus erros e acertos. Não se desespere recorrendo a um curso menos concorrido só para garantir a entrada na universidade e dar uma resposta à família e amigos que esperam isso de você. Se não é isso que você quer, as frustrações serão maiores no futuro. Priorize seu projeto de vida e não desista. Pode ter certeza que todo o esforço será recompensado no momento certo!