Mobilizar as iniciativas pública e privada para transformar o cenário da educação no Brasil e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento, aumento da produtividade e o avanço competitivo do país foram os temas discutidos hoje durante a 5ª edição do FÓRUM LIDE DE EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO. Realizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, o evento reuniu autoridades, educadores, especialistas e lideranças empresariais no Hotel Hilton Morumbi, em São Paulo. Além disso, o encontro levantou discussões sobre a necessidade das reformas educacionais, adaptação e modernização dos diferentes setores econômicos e investimento na formação de jovens talentos e requalificação de profissionais para lidar com este novo cenário.
Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, questionou sobre qual é o papel da escola na preparação das novas gerações, que estão vivenciando o avanço acelerado da tecnologia e inovação, a extinção de algumas profissões e o surgimento de novas carreiras.
Rossieli Soares da Silva, titular do Ministério da Educação, comentou que o principal desafio para melhorar a qualidade do ensino brasileiro é trabalhar o conhecimento com profundidade, com currículos mais modernos, flexíveis e livres. “O conteúdo está na palma da mão de todos. Como trabalhar estas informações e desenvolver as habilidades socioemocionais em cada criança e jovem é a missão de professores mais capacitados, valorizados, com boas ferramentas e melhores salários”, comenta o ministro.
Já Celson Pantoja Lima, professor doutor do Instituto de Engenharia e Geociências da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA, aprofundou a questão das competências para o mundo do trabalho 4.0 e afirmou que a tecnologia e a inovação são concomitantemente uma ameaça e oportunidade para levar o país à evolução. “A revolução 4.0 no Brasil demanda mobilização, convergência e integração de todas as esferas. É necessário trabalhar a criatividade e a liderança nas escolas e nas empresas. As crianças e os jovens devem ser preparados para lidar com a complexidade e se tornarem aprendizes eternos”, ressalta o docente.
Cristiano dos Anjos Gonçalves, vice-presidente da Schneider Eletric Brasil, apontou como a digitalização e conexão das coisas nos negócios impacta na performance das empresas. “As indústrias precisam se modernizar para garantir melhores profissionais em suas equipes. É o novo cidadão digital de mente brilhante, que cria novas soluções, produtos e serviços”, explica o executivo.
Por fim, Gustavo Leal, diretor de operações do SENAI, analisa a perplexidade, os impactos e os efeitos da revolução industrial no trabalho. Para o executivo, “as mudanças não irão afastar o trabalho humano das indústrias. Ao contrário, profissionais capacitados e qualificados terão novas oportunidades e contribuirão para o aumento da produtividade, abertura para investimentos, geração de novos empregos e o desenvolvimento e crescimento do país”.
O evento foi finalizado com a cerimônia de entrega do Prêmio LIDE de Educação e Inovação 2018, que reconhece as contribuições de empresas nas categorias Inovação, Educação e Tecnologia. Foram elas: CCR, NEOENERGIA e SUZANO (Educação); BANCO ORIGINAL, STARTSE e WEWORK (Inovação); e INTEL, OPTUM e POSITIVO (Tecnologia). O destaque em Responsabilidade Social em Educação foi atribuído à DIGITRON DA AMAZÔNIA & FUNDAÇÃO MATIAS MACHLINE.
Fotos: Anderson Timoteo/Rampini Produções.