Daniel Cardozo Junior, diretor da Víqua
As secas que abatem as regiões Sudeste e Nordeste são fatores que aumentam as dificuldades de abastecimento em muitos centros urbanos, fazendo com que a questão da água seja cada vez mais discutida. Mudanças de hábitos são necessárias, tendo em vista que a falta desse recurso já atinge mais de 1 bilhão de pessoas no mundo. Estima-se que, em 2030, quase metade da população mundial viverá em condições de alto estresse hídrico.
O futuro do planeta está ligado à conscientização. Ações aparentemente simples, como não demorar no banho e fechar a torneira ao escovar os dentes, são imprescindíveis – em 2013, no país, consumiram-se 166,3 litros por habitante/dia, sendo que a Organização Mundial da Saúde recomenda o uso de 110 litros diários para uma pessoa atender suas necessidades básicas de consumo. Todos os segmentos sociais devem se comprometer e erguer a bandeira de consumo consciente, desde cidadãos, empresas privadas e ONGs. Usar racionalmente e realizar iniciativas que visem à economia de água é uma forma de preservação da vida, já que este é um bem necessário a todos os seres vivos.
Órgãos públicos e o setor privado devem unir esforços para a realização de práticas que visem despertar para a “causa” da água. As empresas devem ir além das obrigações impostas pela legislação, promover ações que impactem minimamente o meio ambiente. No próprio processo de produção, também se pode reciclar, reutilizar água, reaproveitar sobras de matéria-prima, adotar medidas que economizem energia elétrica. São atitudes éticas que buscam o crescimento econômico sem agressão ao meio ambiente. Também é preciso investir em projetos sustentáveis que fomentem o engajamento da população – a começar por conscientizar a própria equipe de trabalho.
A Víqua, indústria de plásticos que fornece produtos para casa, jardim, construção e irrigação, procura sempre oferecer à sociedade soluções que usem a água de forma inteligente, evitando ao máximo o seu desperdício. Um exemplo é a aplicação de arejadores nas linhas de torneiras. Esse mecanismo mistura microbolhas de ar à água, garantindo um jato mais suave que reduz em até 50% o consumo. Ou seja, a crise hídrica também pode ser uma oportunidade para quem investe em sustentabilidade. A água é elemento que envolve a maior parte dos produtos da empresa, por isso a nossa preocupação ainda é maior. Se não estudarmos ações inteligentes para reduzir perdas, será difícil evitar o desabastecimento no futuro.