A diretora de Pesquisa em Educação do British Council Elizabeth Shepherd esteve no Brasil para lançar o estudo inédito “O futuro da internacionalização da educação superior na Ibero-América” durante o III Encontro de Reitores Universia, no Rio de Janeiro. O encontro reuniu mais de mil reitores e vice-reitores de 46 países entre os dias 28 e 29 de julho.
Segundo a pesquisa, até 2024 é previsto que quase 3.9 milhões de estudantes obtenham qualificações de nível superior fora de seus países de origem e um dos desafios mais importantes compartilhados pelas universidades Ibero-Americanas neste novo milênio é obter uma relação mais profunda e sustentável com a comunidade global de pesquisa.
Os entrevistados da Ibero-América indicaram que a melhora de perspectiva na carreira, e a possibilidade de ter a experiência cultural de morar no exterior seriam os principais fatores para a seleção de um país para estudar. Outros aspectos são a busca por uma educação de melhor qualidade, e o aprimoramento de língua inglesa.
No Brasil, há 667 pesquisadores por milhões de habitantes (fonte: Instituto de Estatísticas da UNESCO) e as redes de conhecimento entre acadêmicos são um dos principais fatores que proporcionam o início de projetos de pesquisa em conjunto. Desta forma, relacionamentos culturais e pessoais entre pessoas, cidades e países têm importância especial do desenvolvimento de pesquisas acadêmicas.
De Acordo com o Ranking Mundial de Universidades QS 2013/2014, 37 das 500 melhores universidades no mundo estão em países da Ibero-América. As instituições indicaram como sendo os três benefícios mais significantes da internacionalização o aumento da rede de relacionamento internacional de pesquisadores, a melhora da qualidade de ensino e maior engajamento com questões globais.
Oportunidades internacionais acessíveis apenas para estudantes com recursos financeiros, dificuldades em avaliar localmente a qualidade dos programas estrangeiros e a obtenção de parcerias/ políticas apenas por motivo de prestígio foram identificados como os maiores riscos para as instituições.
Conclui-se que o forte crescimento demográfico e o desenvolvimento econômico irão oferecer uma base para o futuro da educação na região da Ibero-América. As instituições, impulsionadas pelo investimento e foco na internacionalização presente em suas estratégias, irão começar a amadurecer. Os estudantes desta região possuem cada vez mais ambições internacionais tanto relativas a estudos no exterior e a novas experiências culturais e são estes os fatores que irão delinear o futuro da internacionalização da educação na Ibero-América.
Sobre o British Council
O British Council é a organização internacional do Reino Unido para oportunidades educacionais e relações culturais. Seu trabalho busca estabelecer a troca de experiências e criar laços através do intercâmbio de conhecimento e de ideias entre pessoas ao redor do mundo. Atua em cinco áreas: Educação, Língua Inglesa, Artes, Esportes e Exames. A organização está presente em mais de 100 países, com parceiros como os governos em diversas instâncias, organizações não governamentais e iniciativa privada. No Brasil, tem escritórios em Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. Para mais informações, visite o site www.britishcouncil.org.br