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Celular em sala de aula: vilão ou aliado?

Professores debatem esse e outros assuntos em seminário, na capital paranaense

O I Seminário de Formação Inicial e Continuada do Professor da Educação Básica e Superior, agendado para os dias 25, 26 e 27 de março, na Universidade Positivo (UP), vai debater aspectos da preparação do professor e a inclusão da tecnologia em sala, incluindo o uso de celulares e a difusão da cultura digital para os profissionais. Organizado em parceria entre a UP e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o evento deve receber 400 participantes (entre professores da rede pública e particular, pesquisadores e acadêmicos) para discutir novas propostas pedagógicas e o futuro de atuação dos professores.

De acordo com o coordenador Pedagógico da UP, Celso Klammer, os debates sobre o uso de celular em sala de aula são um dos temas mais buscados pelos professores – por esse motivo, haverá oficinas sobre o assunto, no evento. “É preciso perceber o fato de o celular não ser um inimigo. Mais importante: essa tecnologia pode ser usada em prol da educação, especialmente se o professor encontrar modos de aplicá-la dentro do conteúdo de sala”, explica. “Porém, para surtir efeito, é preciso estabelecer um ‘contrato’ com os alunos, definindo as regras de uso, tanto na educação básica, quanto na superior”, avalia.

A própria UNESCO – no documento “Diretrizes de Políticas para a aprendizagem móvel” – recomenda a incorporação dos smartphones à rotina escolar: “A UNESCO acredita que as tecnologias móveis podem ampliar e enriquecer oportunidades educacionais para estudantes em diversos ambientes”, diz a publicação. Atualmente, um volume crescente de evidências sugere que os aparelhos móveis, presentes em todos os lugares, são utilizados por alunos e educadores em todo o mundo para acessar informações, racionalizar e simplificar a administração, além de facilitar a aprendizagem de maneiras novas e inovadoras.

Assim como o Seminário, o documento elaborado pela UNESCO visa a auxiliar os formuladores de políticas e os próprios profissionais a entender melhor os benefícios desse processo, sobretudo em um progresso de educação para todos. Na avaliação de Klammer, a adaptação dos aparelhos para a escola exige criatividade e preparação e, de certa forma, repete o movimento de outros materiais considerados “inapropriados” para o ambiente escolar em outras épocas, como as revistas. “Os professores entendiam que elas atrapalhavam o andamento da aula até o momento em que foram aplicadas no contexto, como material relacionado”, lembra.

Tanto smartphones quanto tablets podem ser adaptados para a discussão de assuntos contemporâneos – caso da escassez de água, por exemplo, que conta com aplicativos específicos sobre o tema -, ou até mesmo o uso do Whatsapp para promover discussões entre duas salas. “Uma das exigências do perfil profissional atual é a necessidade de estudar o tempo todo, independentemente da profissão. E o professor precisa buscar alternativas de como resolver essa situação em sala de aula. Na oficina, vamos mostrar exemplos de uso dos aparelhos”, afirma Klammer.

O evento

Por meio de palestras, mesas-redondas e oficinas, o I Seminário de Formação Inicial e Continuada do Professor da Educação Básica e Superior vai discutir aspectos do processo educativo, contribuindo para a formação continuada e com instrumentos para um melhor desempenho profissional. Além disso, a interação entre professores da UFPR, UP e de outras instituições públicas e privadas vai oferecer ganhos com o compartilhamento de informações e experiências. Além do uso do celular em sala de aula, serão debatidos outros assuntos, como inovação, educação à distância, igualdade racial, inclusão, educação para adultos e diversidade. A programação pode ser consultada pelo site: www.up.edu.br/seminarioprofessor

Sobre a Universidade Positivo
A Universidade Positivo (UP) concentra, na Educação Superior, a experiência educacional de mais de quatro décadas do Grupo Positivo. A instituição teve origem em 1988 com as Faculdades Positivo, que, dez anos depois, foram transformadas no Centro Universitário Positivo (UnicenP). Em 2008, foi autorizada pelo Ministério da Educação a ser transformada em Universidade. Atualmente, ocupa uma área de 424,8 mil metros quadrados e oferece 54 cursos de Graduação (30 cursos de Bacharelado e Licenciatura e 24 Cursos Superiores de Tecnologia), três programas de Doutorado, quatro programas de Mestrado, centenas de programas de Especialização e MBA e dezenas de programas de Extensão. Lançou, em 2013, seu programa de Educação à Distância, com dezenas de polos em todo o país. Segundo as avaliações do Ministério da Educação, é considerada uma das dez melhores universidades privadas do Brasil.

Serviço
I Seminário de Formação Inicial e Continuada do Professor da Educação Básica e Superior
Quando: 25, 26 e 27 de março de 2015
Onde: Universidade Positivo (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300)
Informações: www.up.edu.br/seminarioprofessor

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