Ícone do site Revista Direcional Escolas

Competências mínimas ao diretor de escola

Em uma mesa de debates mediada pelo educador Celso Antunes dentro do 7º Educador Management (Seminário Internacional de Gestão em Educação promovido pela Educar 2001, no final de maio, em São Paulo), especialistas deixaram suas contribuições em relação ao perfil que defendem para o diretor de escola. As informações não estão registradas em ordem de prioridade, mas foram colhidas durante o andamento dos trabalhos, conforme o público fazia perguntas e eles próprios debatiam entre si. Participaram da mesa Mario Uribe, diretor do Programa de Gestão e Direção Escolar da Fundação Chile e membro do Comitê de Formação de Gestores de Excelência do Ministério da Educação daquele país; Júlio César Furtado dos Santos, reitor do Centro Universitário Uniabeu, do Rio de Janeiro; Tobias Ribeiro, coordenador do Programa de Gestão de Qualidade da Fundação L’Hermitage, e; Casemiro Campos, consultor em formação de professores e gestão.

1 – O gestor escolar exerce função de liderança intelectual e precisa saber instituir e transformar diretrizes, ou seja, saber traduzi-las em conceitos e ações. A diretriz deve ganhar espaço na discussão do conceito. O líder transforma conceitos em resultados;

2 – Na prática, o diretor deve deixar claro o quê fazer, aquilo que será feito. Ou seja, ensinar como fazer, discutir o conceito de avaliação contínua, instrumentalizar, clarear os conceitos embutidos nas diretrizes. Aliás, a ausência desta clareza é um dos maiores problemas que se observa nas redes pública e privada. Enfim, ser diretor é ter a habilidade de transformar conceitos e diretrizes em ações, alinhando concepções;

3 – O diretor precisa estabelecer uma hierarquização das ações e dizer como elas devem ocorrer na prática. A segunda característica fundamental de um gestor é que ele precisa saber exigir ao máximo, respeitar ao máximo e apoiar ao máximo;

4 – Com base em uma mensuração feita pelo MEC sobre os resultados do Censo Escolar de 2007, as escolas que se destacaram tinham, entre outros, gestores com as características de liderança, de trabalho em equipe, proatividade, visão e flexibilidade;

5 – Nas avaliações, especialmente aquelas baseadas no mérito, compete ao gestor tomar cuidado para que elas não tenham caráter punitivo. Ele deve assegurar que as avalições sejam apenas um dos elementos de um conjunto de variáveis utilizadas para se olhar o trabalho na escola;

6 – O gestor/diretor deve promover processo contínuo de formação humana ao conjunto dos colaboradores, não apenas oferecer treinamentos;

7 – Cabe a ele também desenvolver a habilidade de ler dados estatísticos e utilizar essa leitura para a tomada de decisões;

8 – Finalmente, é preciso que o diretor invista no autoconhecimento, para fins de fortalecer ainda mais seus pontos fortes e trabalhar suas fragilidades.

Segundo uma das principais mensagens deixadas pela mesa de debates, “não é possível ser gestor com carência afetiva”, projetando sobre os colaboradores suas próprias dificuldades.

por Rosali Figueiredo

SAIBA+

Casemiro Campos

casemiroonline@casemiroonline.com.br  

Celso Antunes

celso@celsoantunes.com.br  

Júlio César Furtado dos Santos

reitoria@uniabeu.edu.br  

julio@juliofurtado.com.br  

Mario Uribe

muribe@fundacionchile.cl  

Tobias Ribeiro

Tobias@lhermitage.org.br

Sair da versão mobile