Por Rafael Pinheiro/Fotos Divulgação
Transformar. Transcender. Transmutar. O constante processo de construção peculiar e social atravessa edifícios, dilui barreiras e instaura sua fortaleza nas faculdades do conhecimento – e na tríade saber, experiência e formação. Propiciar ferramentas para essa interação, bem como fomentar as linhas discursivas do pensamento, impulsiona o anseio e a curiosidade que invade – e preenche – todos os campos trilhados por cada aluno e aluna, seja no espaço profissional, pessoal ou educacional.
O fenômeno educacional inserido no cerne do crescimento humano está intimamente interligado com questões sociais, humanísticas, de valores, hábitos, disciplinas e uma série de sensações empíricas que o jovem aprendiz recebe e, consequentemente, transmite nos campos que transita. Analisar a engrenagem de aprendizagem é como aproximar os olhos em pequenos mundos que estão em constante mutação – interior e exterior.
Essa transitoriedade que a educação evoca com total maestria, reverbera sentidos que podem incorporar nas múltiplas fases da evolução acadêmica: ultrapassando a alfabetização e lançando um acompanhamento cauteloso quando o término dos estudos, no ensino médio, se aproxima. A base sólida e fundamental descrita na tarefa de todo colégio é estimular o aluno para a fase adulta, incluindo, assim, carreiras profissionais, sucesso em universidades e cidadãos capazes de senso crítico.
Marcos Loturco, professor e diretor do Colégio Integral, acredita que o ensino médio é a forma de acesso ao Ensino Superior em uma universidade forte que ofereça mais recursos na preparação dos jovens para a sua vida profissional. “O ensino médio bom, até hoje, tem sido o conteudista: Aula dada, aula estudada e mais uma infindável quantidade de exercícios a serem resolvidos. No momento, mudanças estão acontecendo que acenam para um futuro diferente. Estas mudanças que serão cada vez mais comuns nas escolas permitem uma maior flexibilidade na escolha de sua carreira e na forma como vai se preparar para encarar este desafio. Eu vejo que neste processo haverá uma maior abertura dos horizontes e um aumento nas opções de carreira”.
Argumentar caminhos que devem ser percorridos por escolas públicas ou privadas para obtenção de melhor aproveitamento de alunos nos vestibulares e, posteriormente, na vivência acadêmica é uma tarefa árdua e complexa, visto que cada instituição promove missões e valores distintos com programações e ações pedagógicas voltadas às suas convicções e históricos.
O Colégio Integral, localizado na Grande São Paulo, optou por uma mudança radical no seu material didático e, principalmente, na forma como estes conteúdos são abordados, propiciando, assim, uma visão bem mais aberta do mundo. “Tem uma amplidão de caminhos e possibilidades que levam o jovem educando a ter uma percepção de espaço histórico-temporal bem mais intensa. Isso faz com que ele entenda que não está aqui apenas para decorar ‘formulinhas’, mas sim que tem a necessidade de participar intensamente do processo de ensino-aprendizagem. Esta forma de pensar e estudar leva-o a uma autonomia bem maior de sua vida e de suas escolhas”, ressalta Marcos.
AUTOCONHECIMENTO E PREPARAÇÃO
No Colégio Poliedro de São José dos Campos, a estrutura do ensino médio é elaborada para preparar os alunos para o ingresso nas melhores universidades do país, com projetos e ações que contribuem no processo de ensino e aprendizagem. A decisão em relação a qual profissão seguir começa geralmente no 2º Ano do Ensino Médio, com a proximidade do vestibular.
“Sabemos que por conta das inúmeras possibilidades e anseios, a escolha se torna difícil. Acreditamos que o processo de autoconhecimento é essencial. É indispensável que o adolescente consiga definir os traços da sua personalidade, suas aptidões, habilidades e gostos pessoais que definirão os caminhos a serem trilhados. Este processo pode ser feito pelo próprio adolescente com auxílio da família e amigos, mas a ajuda profissional pode facilitar a escolha”, diz Sheila Cristina de Almeida, orientadora educacional do colégio.
O apoio ao jovem neste crítico momento de escolha profissional, conta a orientadora, é de fundamental importância, visto que nesta fase os jovens ainda não possuem autoconhecimento suficiente para balizar suas escolhas e precisam de informações ponderadas trazidas tanto pela equipe de orientação educacional do colégio quanto da ação pontual da psicóloga que realiza a orientação profissional.
“O acesso à informação e orientação é de fundamental importância, como eles podem ver ao longo desta e de outras iniciativas, como as visitas a universidades ou a eventos sobre profissões e contato com especialistas já atuando no mercado por meio de palestras para melhor conhecer o cotidiano do trabalho nos campos em que almejam atuar”, destaca.
TRANSIÇÃO ACADÊMICA
Para Learice Barreto Alencar, pedagoga, especialista em gestão de pessoas e coordenadora geral da Rede Educacional Alub, se o papel da escola está no percurso do ensino e aprendizagem, então, cabe também a ela despertar nos alunos o interesse pela continuidade dos estudos. Isso pode acontecer com projetos de orientação vocacional, feiras de profissões, colocando o estudante em contato com a universidade, com projetos de pesquisa, olimpíadas de conhecimentos específicos, além de colocá-los diante de situações de vivência dos processos avaliativos para inserção no ensino superior. E o mais importante: o exemplo dos professores que acompanham estes alunos e tem poder de influência muito grande sobre eles.
Assim como “ninguém está totalmente preparado para as mudanças que acontecem a cada minuto no mundo, nem pais, nem gestores e nem professores”, cita Learice, a transição para o curso superior é feita durante o terceiro ano do ensino médio, pois “depois que deixam a escola é difícil acompanhá-los, já que na própria estrutura da educação brasileira há uma grande ruptura do ensino médio para o superior. Temos que prepará-los para serem bem-sucedidos nos processos de avaliação classificatórias a que serão submetidos, a fim de que conquistem uma profissão e uma colocação no mercado de trabalho”.
Saiba mais:
Colégio Integral – loturco@integral.br
Colégio Poliedro – sheila.machado@sistemapoliedro.com.br
Learice Barreto Alencar – learice.alencar@gmail.com