Organizado pela Rabbit Partnership, a edição 2017 do Congresso Crescer reuniu diversos gestores, mantenedores, coordenadores e diretores ávidos por conhecimentos relevantes, soluções e tendências educacionais que integrarão, posteriormente, movimentos, circuitos e adaptações positivas em cada instituição
Texto e fotos por Rafael Pinheiro
A gestão desdobra-se, cotidianamente, em amplos debates, densas ações, projetos, rotinas administrativas e tarefas que envolvem o circuito de colaboradores que partilham do mesmo objetivo: fomentar e manter a excelência da instituição. A gestão escolar, em especial, destaca alguns parâmetros, olhares e escutas diferenciados, já que, no complexo sistema educacional, a formação, o desenvolvimento e as interações socioculturais posicionam-se na base estrutural desse extenso processo.
Na contemporaneidade a educação ganha uma notoriedade plural em todos os níveis, tanto no ensino de base como nos caminhos superiores acadêmicos. Dessa forma, as modificações sociais, culturais, políticas e econômicas que atravessamos na atualidade, repercutem, em diversas escalas, nas instituições escolares – seja no aspecto administrativo, financeiro ou pedagógico.
Assim, podemos caracterizar o processo educacional como algo fluído, em constante construção, transcendente. E, para acompanhar todas essas mudanças, o crescimento – tanto pessoal como profissional – é revelado (e aguardado) nas instituições escolares como um marco que reverbera, de certa forma, no progresso dos alunos.
CONGRESSO CRESCER
Tendo como ponto de partida o estímulo e extensão do repertório de líderes educacionais, seu papel frente à administração, seu relacionamento e convivência com os professores, estratégias pedagógicas e caminhos escolhidos diante de problematizações, ocorreu no Expo Center Norte, situado na região norte da capital paulista, no dia 14 de setembro, o 13º Congresso Crescer e a 4ª Feira Educacional.
O evento, organizado pela Rabbit Partnership (empresa de comunicação full service que introduz e interage práticas de marketing, pesquisa, vendas, recursos humanos, atendimento e gestão), apresentou temas instigantes em quatro auditórios distribuídos pelo espaço.
Nas palestras matinais, Geraldo P. Almeida abordou “O trabalho docente como prática de felicidade”; Célia Godoy trouxe “A importância da coordenação: o impacto do seu papel e do modelo de atuação junto à equipe”; Claudio Ribeiro Falcão falou sobre a “Gestão educacional baseada na informação”; Vera Melis Paolillo abordou “Práticas para a educação infantil à luz das contribuições da Base Nacional”; Daniel Jacuá apresentou “A importância da contextualização do conteúdo e da avaliação para o aluno”; Marcos Raggazzi questionou “Atestado de óbito da pedagogia tradicional e certidão de nascimento da neuropedagogia?!”.
Nas exposições vespertinas, Alessandra Gotuzo Seabra falou sobre “Desenvolvimento de funções executivas/autorregulação”; Ronaldo Balsalobre e Vicente Cândido abordaram o ensino híbrido; Célio Müller explorou “O estatuto do deficiente e as obrigações legais das escolas”; e “Vendendo sonhos para uma sociedade que deixou de sonhar” foi a exposição de Augusto Cury.
Além do ciclo de palestras, esta edição do evento contou com a 4ª Feira Educacional, com diversos expositores apresentando soluções e novidades para as escolas. Dentre os estandes, destacamos: Metadil, FTD Educação, Argus Studio, Bernoulli Sistema de Ensino, PH Sistema de Ensino, Eleva Plataforma de Ensino, Cozinhando na Escola, Escola da Inteligência, BrinQi, Filho Sem Fila, Mynetworks, Rabbit Digital, Porto Seguro, Styllo, Mackenzie Educacional, Instituto Eduardo Shinyashiki, Universitário Sistema Educacional, entre outros.
GESTÃO DE DESCONTOS
Christian Rocha Coelho, Diretor de conteúdo do Grupo Rabbit, explorou em sua fala um tema recorrente nas instituições escolares: os pedidos de descontos que, segundo o palestrante, tornou-se “epidêmica”. “Ao se deparar com a falta de dinheiro da população devido à recessão econômica, a cultura da barganha tornou-se epidêmica. Os pedidos de descontos se transformaram em chantagens explícitas. É comum os colaboradores das escolas escutarem: ‘se não me der um desconto eu vou mudar de escola’; ‘a escola X me deu 30% de desconto, o que você pode fazer para que eu matricule meu filho?’”.
Assim, localizando alguns fatores que levam a solicitação dos descontos, como comparação entre as escolas, necessidade, desconto emocional e desconto compulsório, Christian indica que, o principal ponto para reduzir o desconto na mensalidade é: acredite em você e na sua escola. “Se os próprios integrantes acham a escola cara, quem são os clientes para duvidar?”.
Nesse caso, para que todos acreditem na marca da escola é preciso conhecê-la, demonstrando em treinamento como deixar o institucional da escola mais forte; utilizar ferramentas de endomarketing e inbound marketing; enaltecer os aspectos positivos; e fixar mural dos elogios, são aspectos que contribuem e alimentam o institucional da escola e que podem ser mencionados em conversas pessoais, principalmente no momento de pedido de descontos. “Deve haver uma valorização da escola e ela deve ser feita de cima para baixo. É preciso acreditar e lembrar de expressar essa valorização toda semana”, ressalta.
COMPETÊNCIAS SOCIEMOCIONAIS
Eduardo Shinyashiki, escritor, consultor organizacional e presidente do Instituto Eduardo Shinyashiki, abordou em sua palestra intitulada “Estratégias vencedoras, atitudes e ações que transformam desafios em conquistas”, os conflitos que surgem da ausência das competências.
“O grande desafio, quando adotamos uma escola, é que os professores se apropriem de competências e façam com que eles dominem essas áreas, ou seja, competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas. Para que ele possa ser referência para os pais e para os alunos, uma referência de recursos e não simplesmente de conteúdos”.
Por Competência Pessoal (Aprender a Ser): autoestima, autoconfiança, inteligência emocional, auto eficácia e responsabilidade; Competência Social (Aprender a Conviver): valores humanos, comunicação, relacionamento, colaboração, viver a diversidade, trabalhar em equipe; Competência Cognitiva (Aprender a Aprender): reflexão, agilidade, pensamento crítico, raciocínio, abertura, viver as soluções; Competência Produtiva (Aprender a Fazer): criatividade, iniciativa, determinação, inovação.
Projetando, dessa forma, uma aliança segura em toda a rede escolar, o crescimento alimenta e transforma, constrói relacionamento interpessoal, garante estratégias administrativas e estimula habilidades e competências para um melhor entendimento e compreensão do educador e do aluno no século XXI.
Saiba mais:
CRESCER (13º Congresso e 4ª Feira Educacional)
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