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Dez dicas para incentivar o prazer da leitura em crianças e adolescentes

Profissionais do programa “Ler É uma Viagem” mostram atitudes simples e fundamentais para despertar o gosto pela leitura

“O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha.

Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria”.

A Arte de Ler – Mário Quintana

 Em abril são comemoradas duas importantes datas no universo da literatura: o Dia Nacional do Livro Infantil (18) e Dia Mundial do Livro (23). A equipe do “Ler é uma Viagem”, um programa que estimula o acesso e prazer de ler em todas as idades, preparou algumas dicas para ajudar os pais na formação dos novos leitores:

 

1.    Comece cedo: diferente do que se pode imaginar, não existe uma idade certa para começar a apresentar para os pequenos o mundo da leitura. Aliás, é possível incluir a convivência com as histórias e os livros desde a gestação. “Inclua sempre nas conversas diárias com o bebê a leitura e narração de histórias em voz alta. É importante também associar esse momento à tranquilidade e ao afeto”, ensina explica a Socióloga e Doutora em Ciência da Informação, Amanda Leal de Oliveira, que atua como consultora no “Ler é uma viagem”. 

 

2.   Tenha atitudes leitoras: o exemplo também é fundamental para que as crianças e adolescentes entrem em contato com o prazer que a leitura pode proporcionar. Mostre para eles que você também é um leitor apaixonado. “Fale sobre os livros que você gostava quando tinha a mesma idade que ele, mostre quais são as histórias que você está lendo hoje. Leia em voz alta para eles histórias de que você também gosta muito”, comenta Élida Marques, leitora pública e idealizadora do Ler.

 

3.   Cerque-os de livros: é importante que as crianças tenham sempre à mão diferentes livros e que possam ser livres para investigá-los. “Seja em casa ou visitando frequentemente bibliotecas, casas de amigos, familiares, centros culturais ou livrarias. Assim eles podem folhear e escolher o que querem ler”, diz Amanda.

 

4.    Não fique restrito às recomendações de faixa etária: elas são apenas recomendações! Muitas vezes as crianças e adolescentes gostam de textos e estilos que não foram desenvolvidos especificamente para eles. “Os bebês, por exemplo, costumam gostar muito de poesia pelas rimas e textos com repetições e palavras. Neste caso, a sonoridade atrai a atenção deles”, exemplifica a profissional. “Muitos adolescentes também se encantam com livros com muitas ilustrações e pouco texto, pois são visuais e rápidos de ler”.

 

5.   Mostre que há um mundo para se explorar: ofereça o maior número possível de gêneros e formatos de livros. “É importante que eles tenham contato com diferentes autores, dos clássicos aos modernos, com contos, crônicas e poesias, que possam conhecer diferentes tipos de ilustradores”, conta. “Também podemos mostrar que existem livros finos, grossos, fofinhos, etc. Assim eles podam encontrar os que mais gostam”.

 

6.   Ofereça paixões: encontre livros e histórias com temas que eles já gostam. “Muitas vezes o leitor começa a se apaixonar primeiro por temas que já são familiares para ele”, dá a dica.

 

7.   Deixe que eles escolham: não tente impor o seu gosto pessoal para os novos leitores.Ofereça os estímulos para que ele descubra. 

 

8.   Não tenha preconceito: a profissional lembra que não existe certo e errado na paixão pelos livros.“As primeiras escolhas podem não ser as que você considera melhor, mas o importante é que eles leiam aquilo que desperta o interesse deles”, comenta Amanda.

 

9.   Saia do literário: o universo da leitura vai muito além dos livros e passa por toda a cultura escrita. “Muitas vezes a iniciação não acontece através da literatura, mas dos gibis, das revistas e de outros formatos escritos”, lembra. “É importante que todos eles façam parte do universo do leitor”.

 

10. Não fique chateado: se ele te interromper, se pular páginas ou ainda se ele não chega ao final da história. “O gosto pela leitura pode não ser “instantâneo”; ele exige tempo, depende do dia, do ambiente e de muitas histórias para que se consolide”, finaliza a profissional.

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