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Educação financeira nas escolas será a próxima tendência educacional?

Recentemente foi divulgado que o Ministério da Educação (MEC) junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) irá capacitar 500 mil professores para estimular a educação financeira em escolas pelo Brasil.

Essa notícia foi amplamente comemorada nas redes sociais pelas pessoas que sabem da importância de se aprender educação financeira na escola, mas capacitar os professores seria o caminho correto a se trilhar?

Em um estudo feito pela ABEFIN (Associação Brasileira de Educadores Financeiros) em 1450 escolas particulares que já adotavam educação financeira mostrou que aproximadamente 68% dos professores possuem uma mentalidade de endividado, porém existe um detalhe nessa pesquisa que muda totalmente o conceito de educação financeira que está sendo falado, e esse detalhe é a palavra “mentalidade”.

Nessa pesquisa foi identificado que os professores tinham conhecimentos básicos de matemática financeira, mas faltava um hábito saudável de consumo, por exemplo, gastar menos do que ganha, isso mostra que a Educação Financeira consiste em 80% de comportamentos socioemocionais e 20% matemática financeira.

Mas qual é a diferença de educação financeira e matemática financeira?

Matemática financeira se consiste em cálculos de juros compostos, ou até mesmo juros simples, porém quando falamos de educação financeira a abrangência é quase em sua totalidade de comportamento, como por exemplo, planejamento de sonhos e como torná-los em meta.

Uma forma de pensar que define bem a educação financeira é que você não está poupando dinheiro para ser milionário, mas sim para realizar seus sonhos.

Capacitar os professores é o caminho certo?

Sim, vimos com o estudo que citamos no início desse artigo que primeiro temos que trabalhar os professores pois eles serão os “embaixadores” da educação financeira dentro da sala de aula, porém também vimos que as iniciativas que estão surgindo para democratizar a educação financeira nas escolas precisam também focar no treinamento socioemocional dos professores, a final de contas a matemática financeira juntamente com os produtos financeiros no mercado vem pra potencializar os sonhos do indivíduo e faze-lo optar pelo caminho que irá deixa-lo mais próximo de seu sonho, ou melhor, meta.

Mas como irá funcionar o ensino de educação financeira nas escolas?

No início de 2020 o tema “Educação Financeira” se tornou obrigatório nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio, porém o tema foi incluído como ensino transversal, ou seja, pode ser ensinado em qualquer matéria e não só em Matemática. Diante disso vem aparecendo muitas iniciativas no mercado público e privado com o objetivo de agilizar a implementação de educação financeira nas escolas, e cada vez mais temos visto notícias de Startups surgindo com esse intuito, como por exemplo, a FORME voltada para o ensino infantil e fundamental I e a Mooney que implementa no fundamental II e ensino médio.

Diante de tudo isso podemos concluir que educação financeira nas escolas está se tornando a próxima tendência educacional e o nosso país só tem a agradecer com isso, ainda estamos só no começo dessa onda e se continuarmos crescendo com essa frente com certeza teremos um país bem melhor daqui 10 anos.

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