A instituição já nasceu conectada aos recursos da Tecnologia de Informação e Comunicação, justifica Francisco Amancio Cardoso Mendes, professor de Física, doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de Tecnologia Educacional da Escola.
“Ele proporciona mobilidade, facilidade de acesso e, principalmente, aplicativos que permitem a intervenção do professor e do aluno”, explica Francisco Mendes. “Mas o tablet não entra como mero acessório. É recurso de mediação do processo de aprendizagem, assim como o lápis, o caderno, o tangran, o laboratório de Química etc. O professor o utiliza para compartilhar conhecimento e concretizar situações abstratas, como a visualização de uma molécula ou de um campo eletromagnético”, acrescenta.
Como apoio digital, a Escola fez ainda um contrato com o Google para utilizar algumas de suas ferramentas em aula (como o Google Forms, que permite, por exemplo, gerar quiz, jogo de perguntas e respostas); mantém um portal na internet para comunicação com educadores, pais e alunos; e atua com o Dropbox (ambiente online de armazenamento de arquivos). Já no iPad 2, cabe aos pais dos alunos do Teens e do High School bancarem os aplicativos utilizados pelos professores, a um custo médio de US$ 100 ao ano. Entre eles, um dos destaques é o Wordfl ex, dicionário da Oxford que apresenta a origem das palavras, derivações, pronúncias etc.
Francisco ressalta que o professor permanece com autonomia e autoridade para trabalhar, “ele é autor, sujeito no processo”. Desta forma, apesar da obrigatoriedade de levar diariamente o iPad para a escola, o aluno somente o utiliza “se e quando o professor permitir”. “A meta é utilizá-lo no máximo em 20% da aula”, explica. Há uma equipe na Coordenação de Tecnologia Educacional que auxilia no uso dos aplicativos. Segundo Francisco, os professores têm ainda encontros semanais que possibilitam a capacitação tecnológica. 70% deles trabalham em regime de dedicação exclusiva.
A escola dispõe de equipe de suporte às redes e sistemas de informação, que ganharam 58 antenas da rede wi-fi , gerador, filtros de segurança online, link de 100 MB, entre outros. Paralelamente, a instituição desenvolveu um programa de Internet Segura para conscientização dos alunos, “porque não fazemos bloqueios”. Os investimentos no programa chegaram a R$ 500 mil. Já os resultados estão ainda em fase de levantamento. Francisco ressalta, porém, que nesse processo todo, “a postura do professor é determinante. Se for permissivo, não tem muito que esperar, em qualquer tipo de aula”. O coordenador costuma acompanhar o uso dos aplicativos em sala de aula, para orientação e correção de rota.
A ESCOLA
Localização: Alphaville (Barueri, São Paulo) Ciclos escolares: Kids (Ed. Infantil), Junior (EFI), Teens (EFII) e High School (EM)
Nº de alunos: 670
Equipe: 4 mantenedores; 4 membros do Conselho Gestor; 11 coordenadores pedagógicos; 90 professores; 200 colaboradores no total
Mensalidades: Entre R$ 2.287,53 e R$ 3.244,79 (exclui atividades complementares)
Instalações: Imóvel próprio de 15 mil metros quadrados
Por Rosali Figueiredo (Texto e fotos)
Saiba mais
FRANCISCO AMANCIO C. MENDES
fmendes@escolainternacional.com.br