Em um mundo cada vez mais globalizado e conectado com demandas que envolvem o futuro profissional de estudantes, o ensino bilíngue contempla o desenvolvimento de competências variadas. O mercado de escolas bilíngues, em expansão no país, surge com uma proposta de imersão em um segundo idioma, que está alinhada às necessidades atuais e à compreensão da importância do bilinguismo inserido na formação integral do/a estudante
É fato que o domínio de um segundo idioma, especialmente o inglês, tornou-se um fator imprescindível nas esferas pessoais, profissionais e acadêmicas. Na contemporaneidade, permeada por diversas demandas que envolvem contextos globais, transformações socioculturais, econômicas, políticas e educacionais, o ensino bilíngue destaca-se por promover experiências e vivências múltiplas, além de contribuir de maneira positiva no desenvolvimento cognitivo e da autonomia, do senso crítico, da resolução de problemas, da autoconsciência, no conhecimento social e cultural do país, e, sobretudo, no desenvolvimento linguístico.
Com efeitos diretos, podemos afirmar que a educação bilíngue acompanha uma tendência mundial, principalmente com o número crescente de escolas convencionais (que geralmente ofereciam cursos da segunda língua como atividade extracurricular) que se transformaram em escolas bilíngues nos últimos anos. Uma pesquisa recente encomendada pela Somos Educação identificou que existe uma alta demanda de famílias que procuram conciliar a aprendizagem bilíngue com uma alta performance direcionada ao ingresso nas melhores universidades.
Em relação ao mercado, a pesquisa demonstrou que, nos últimos cinco anos, o número de escolas bilíngues no país cresceu 10% e o número de estudantes aumentou 64% no mesmo período. Os dados também mostram que 62,9% das famílias consideram muito importante o desenvolvimento da fluência do inglês ainda na escola, e 75,9% possuem uma grande expectativa em relação a preparação de seus/suas filhos/as para o ENEM e os vestibulares mais concorridos. Complementando esses dados, a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI) indica que o mercado de escolas bilíngues está em um momento de expansão e já movimenta R$ 250 milhões por ano no Brasil.
Com o intuito de adentrar nessa temática, apresentamos um especial sobre bilinguismo, com falas de especialistas que atuam em diversas áreas da educação apontando caminhos de como transformar uma escola convencional (que geralmente oferece cursos da segunda língua como atividade extracurricular) em uma escola bilíngue. Para além de ressaltar a importância e as vantagens do aprendizado em duas línguas, os/as especialistas destacam algumas características que devem ser observadas para a escola se tornar bilíngue, como planejamento, escolha de metodologia, regulamentação e treinamento de professores/as e funcionários/as. Confira!
“Aprender um segundo idioma pode trazer uma série de benefícios para o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, que vão muito além das oportunidades culturais e, futuramente, profissionais que se abrem.
Hoje, sabemos que aprender outra língua fortalece o desenvolvimento da flexibilidade cognitiva, do pensamento crítico e exercita a resolução de problemas, já que entre falantes bilíngues existe a necessidade de navegar por estruturas linguísticas distintas e buscar soluções criativas tanto para compreender quanto para se fazer entender.
Eu vejo que tanto as escolas bilíngues quanto as escolas que optam por oferecer carga horária estendida com programas bilíngues, como os da YOU, têm objetivos muito parecidos e buscam proporcionar tudo isso aos seus alunos, além de formar cidadãos bilíngues promovendo a diversidade cultural, a compreensão intercultural e enriquecendo a experiência de aprendizagem das crianças e dos adolescentes.
Para as escolas bilíngues ou aquelas que desejam se tornar bilíngues, é necessário ter atenção à Diretriz Nacional que está em tramitação, cujo objetivo é regulamentar esse segmento. A partir da homologação do documento, as escolas bilíngues precisarão passar por uma série de adequações quanto à integração curricular, carga horária, avaliação de aprendizagem e formação de professores”.
Luciana Arfelli – Diretora da YOU Bilíngue, pedagoga pós-graduada em Educação Infantil e especialista em Gestão Escolar
“Falar outras línguas é importante por várias razões, sendo este um dos motivos pelo qual no Colégio Suíço-Brasileiro é tão enfatizado o desenvolvimento dessa habilidade. Vai muito além da aquisição de vocábulos para uma comunicação. O conhecimento de uma nova cultura é o que realmente amplia a visão de mundo.
Nessa habilidade destaco algumas vantagens que considero fundamentais:
Comunicação Global: comunicar-se com pessoas de diferentes culturas e origens, facilitando a interação em ambientes globais.
Oportunidades Profissionais: abranger mais oportunidades de emprego e negócios em empresas multinacionais ou organizações internacionais.
Entendimento Cultural: aprender uma nova língua também significa entender melhor a cultura associada a ela, promovendo a empatia e a compreensão intercultural.
Resistência a Doenças Neurodegenerativas: é sabido que ser multilíngue ajuda a retardar o início de doenças como demências e Alzheimer.
Desenvolvimento Cognitivo: estudos mostram que ser multilíngue pode melhorar habilidades cognitivas como resolução de problemas, multitarefa e tomada de decisão.
Viagens: facilita viajar para diferentes países e interagir com as pessoas locais de uma maneira mais autêntica e significativa.
Acesso a Recursos: permite acessar uma ampla gama de recursos, como literatura, música, filmes e informações disponíveis em outras línguas.
Hoje, muitas escolas ensinam uma língua até por força de lei, mas isto não as torna bilíngues ou internacionais. Uma língua isolada acaba não propiciando o bilinguismo na tônica que usei anteriormente. A escola, para ser bilíngue ou internacional, precisa desenvolver várias práticas para que a nova língua seja incorporada, o que excede a aula convencional, mesmo sendo de línguas. É necessário investimento nos profissionais que atuam na escola, ter uma vasta biblioteca para docentes e discentes, desenvolver atividades extracurriculares na nova língua, intercâmbios culturais, trocas entre escolas, projetos colaborativos entre alunos que utilizam a nova língua, vivenciar a interdisciplinaridade e isto não é simples, pois a maioria dos professores também não fala a língua estrangeira. Esse ambiente estimulador para línguas precisa ter uma identidade visual, auditiva e ser um ambiente inclusivo, respeitoso para que os alunos se sintam encorajados e confortáveis para se expressar na nova língua sem que haja um bloqueio. Um sistema educacional precisa oportunizar o contato com mais línguas, tornando interessante a história cultural e econômica de um local. Nós temos 17 escolas suíças pelo mundo e essa troca entre as instituições já é de uma riqueza ímpar. Ensinamos no colégio o alemão, francês, inglês e português no currículo normal para todos alunos. No extracurricular os alunos interessados podem fazer aulas de espanhol e italiano.
Em resumo, falar outras línguas não só amplia as oportunidades práticas, mas também enriquece a vida pessoal e promove a compreensão global. E um detalhe que destaco: ‘Nunca é tarde para aprender uma nova língua e acessar essa nova cultura’”.
Denise Spredemann Friesen – Diretora Pedagógica do Colégio Suíço-Brasileiro
“Com exceção do Parecer CNE/CEB nº2/2020, que trata das diretrizes para a educação plurilíngue no país, ainda não temos no Brasil uma definição nacional de padrões e requisitos para que uma escola seja oficialmente definida como bilíngue. Transformar uma instituição de ensino convencional é uma decisão que requer diversos procedimentos específicos que podem variar de acordo com a legislação e as políticas educacionais adotadas. Sem a homologação deste documento, faz-se necessária a verificação junto às secretarias estaduais e municipais de Educação e caso não haja, diretamente ao Ministério da Educação.
Ao iniciar os procedimentos de regulamentação da escola bilíngue, deve-se ter um projeto pedagógico detalhado do que será oferecido aos futuros estudantes. É necessário que fiquem bem definidos os objetivos, as metodologias, as abordagens de ensino, a carga horária mínima, o currículo, a formação de professores, os recursos pedagógicos, e o processo e avaliação de aprendizagem. No projeto, devem constar detalhes específicos de como a segunda língua será efetivamente integrada ao currículo. Outra etapa fundamental na implantação do projeto é a contratação de professores bilíngues. A escola precisa contar com profissionais capacitados e fluentes na língua-alvo do ensino. Deve ser feita uma avaliação linguística dos professores que, geralmente é de, no mínimo, nível B2, de acordo com o Common European Framework (CEFR), padrão internacionalmente reconhecido para descrever a proficiência em um idioma. Igualmente importante é pensar na formação e capacitação linguística dos funcionários.
Transformar uma escola convencional em uma instituição bilíngue é desafiador – e, por isso mesmo, gratificante. Oferecer aos alunos a oportunidade de desenvolvimento de habilidades linguísticas e culturais parte do princípio do pleno desenvolvimento linguístico plurilíngue dos participantes. Daí a necessidade de processos contínuos de avaliação, incluindo testes de proficiência e desempenho dos alunos. Por isso mesmo, a transição exigirá uma base sólida e eficaz não apenas para os alunos, mas também para suas famílias, com metas claras e um cronograma viável de realização, o que pode exigir a realização de reuniões, workshops e outros eventos entre pais e responsáveis para a explicação do processo.
Do ponto de vista de aprendizagem, ser capaz de transitar entre dois ou mais idiomas traz inúmeros benefícios. Amplia as oportunidades de comunicação e interação em um mundo globalizado, melhora a empregabilidade e a competitividade no mercado de trabalho, enriquece culturalmente os estudantes, além de estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas. Verdade é que a implementação de um programa bilíngue traz um enorme diferencial educacional para as escolas, atraindo alunos e famílias que buscam uma educação mais abrangente e de qualidade.
Raquel Carlos – Diretora Acadêmica do Edify Education
“A educação bilíngue vem sendo discutida há anos e tomado conta do mercado, principalmente das escolas particulares. Há alguns dias, na Bett Brasil, o número de soluções foi consideravelmente maior que no ano anterior. Mas ainda há muita confusão sobre o tema e como se posicionar neste mercado em expansão.
Já faz algum tempo que o documento com as diretrizes para educação plurilíngue, aprovado pelo CNE, aguarda homologação do MEC. Mas os estados estão criando suas próprias versões e está mais fácil para que as escolas entendam como e onde se posicionam no mercado. Os documentos trazem três categorias claras, onde a escola pode ter um programa de carga horária estendida, ser bilíngue e oferecer mais que 30% da instrução na língua adicional o percentual tem uma variação, ou aquelas que seguem um currículo internacional.
Indiferente do modelo que a escola decidir seguir, algo essencial é ter um acompanhamento apropriado da progressão linguística e garantir que os alunos estejam evoluindo, não apenas para validar o serviço, mas para prestar contas às famílias. O iTEP Progress Check, por exemplo, é uma ferramenta que afere todas as habilidades e oferece um relatório completo à escola, professor e família. Com ele é possível acompanhar e identificar oportunidades de melhoria e apoio ao grupo ou ao aluno, assim como mostra às famílias a evolução do aluno através de gráficos claros. E há também os testes internacionais que são obrigatórios nos fechamentos de ciclo para atestar o nível linguístico do aluno dentro do CEFR.
Aproveitar a valorização da educação bilíngue é sem dúvida uma oportunidade para as escolas. Mas é necessário atentar-se à regulamentação e ao tipo de serviço ofertado para garantir e alinhar os resultados que serão apresentados ao longo da jornada”.
Michael Luidvinavicius – iTEP Internacional
“O aprendizado de uma língua adicional durante o desenvolvimento estudantil apresenta diversas vantagens, tanto cognitivas quanto socioemocionais e interculturais, e posteriormente econômicas e profissionais.
Estudantes imersos nesse processo tendem a experimentar um fortalecimento de habilidades cognitivas vitais, como memória, atenção e resolução de problemas, graças à necessidade constante de alternar entre idiomas, o que, por sua vez, impulsiona a agilidade mental. Além disso, essa aprendizagem transcende os limites acadêmicos tradicionais, potencializando o desempenho em diversas áreas do conhecimento. Do ponto de vista cultural e social, mergulhar em uma língua adicional abre portas para um entendimento maior do outro, fomentando a empatia, a compreensão intercultural e a habilidade de comunicar-se efetivamente com indivíduos de diversos contextos. No panorama globalizado atual, ser bilíngue emerge como um diferencial competitivo no mercado de trabalho, abrindo um leque de oportunidades profissionais em vários setores e promovendo o acesso a um mundo com liberdade geográfica e mobilidade internacional, sublinhando a importância e o valor de se dominar línguas adicionais.
Adquirir uma língua adicional na escola oferece uma série de benefícios comparativos em relação a cursos de idiomas tradicionais. Primeiramente, o ambiente escolar proporciona uma experiência de imersão muitas vezes diária, integrando a língua adicional de maneira natural e contínua ao currículo. Essa constância fortifica as bases linguísticas e culturais de maneira mais sólida e coesa, tornando o aprendizado parte da rotina do estudante, ao invés de um compromisso extra. Além disso, a interação com colegas e professores no contexto escolar cria um cenário rico para a prática real e aplicada do idioma, facilitando o uso espontâneo da língua além das fronteiras do aprendizado formal. A habilidade de aplicar o segundo idioma em vários componentes curriculares, como matemática, ciências e artes, permite que o estudante construa não apenas sua competência linguística, mas também conhecimento acadêmico de forma integrada e contextualizada.
A transformação de escolas convencionais em instituições bilíngues começa com um cuidadoso planejamento e definição de objetivos, onde se escolhe o modelo bilíngue a ser adotado, levando em consideração o nível de proficiência desejado e o nível de integração da língua adicional ao currículo. Esse processo exige uma preparação adequada dos professores, que podem necessitar de formação específica tanto na didática específica do ensino bilíngue quanto no domínio da língua adicional. A escola também deve assegurar que dispõe dos recursos didáticos apropriados, incluindo livros, tecnologias e materiais interativos, para apoiar o aprendizado dos estudantes.
Para facilitar esse processo de transformação, é imprescindível que a escola conte com a expertise de um profissional experiente em educação bilíngue, que atuará na mentoria contínua da equipe pedagógica e das lideranças, oferecendo orientação estratégica e suporte didático. Adicionalmente, um projeto de avaliação robusto, que possa incluir exames internacionais, se torna fundamental para mensurar e validar o progresso dos estudantes, fornecendo indicadores claros para ajustes e melhorias no programa. O envolvimento da comunidade escolar — pais, professores e gestores — também é vital para o sucesso do programa, necessitando de uma comunicação eficaz e engajamento ativo. Por fim, promover a imersão cultural através de projetos culturais, eventos e outras atividades enriquece a experiência de aprendizagem dos estudantes, imergindo-os na cultura do segundo idioma e complementando o ensino formal”.
Henrique Moura – Diretor de Educação na Seven, Hub de Aprendizado Bilíngue
“O aluno, desde pequeno, quando começa a aprender um segundo idioma, encara muitas vantagens em seu desenvolvimento, como: aumento da capacidade cognitiva; melhora da comunicação, porque a criança passa a se comunicar em duas línguas e passa a ter um repertório dobrado; adquire uma consciência cultural/global, uma vez que tem sempre algo dentro da cultura daquele idioma envolvido no processo de aprendizagem; oportunidades futuras, seja de melhores estudos na universidade ou de emprego para construir e consolidar a carreira; e o desenvolvimento de senso crítico e de capacidade de concentração.
A criança bilíngue também acaba desenvolvendo um espírito de colaboratividade, pois a proposta pedagógica lúdica – como é o caso do Twice – propõe muita interação e faz com que ela tenha esse sentimento de cooperatividade e empatia. Isso ocorre porque o aluno, desde cedo, aprende a ter outros pontos de vista e a entender que existem outras opiniões e outras formas de se fazer a mesma coisa.
Já quando falamos em como trazer este universo para as escolas, o primeiro passo é, realmente, buscar uma metodologia de ensino; uma metodologia que tenha diferenciais como o Twice, do aluno aprender o mesmo conteúdo duas vezes, ou seja, ele aprende em português e depois revisita em inglês, tendo um ganho duplo de conhecimento e um aumento de repertório. Também ter metodologias ativas, onde o aluno é protagonista do processo de aprendizagem e desenvolvimento dele. Ainda, que tenha, assim como nós, uma assessoria pedagógica, tanto online quanto presencial, para participar desde a implementação inicial e na formação continuada ao longo do ano letivo.
Além disso, é necessário criar um plano estratégico que estabeleça metas claras, ter treinamento dos professores, com recursos e tecnologias apropriadas para esse desenvolvimento, e um ambiente personalizado que promova o engajamento da comunidade escolar. Esse é um processo complexo, que requer comprometimento e planejamento cuidadosos. No entanto, os benefícios são muito significativos e podem ter um impacto positivo duradouro na vida dos alunos”.
Vanessa Codecco – Head Pedagógica da Rhyzos Educação e consultora do sistema bilíngue Twice
“Ser bilíngue é mais do que saber um segundo idioma. Ao aprender outra língua, ao longo da sua vida estudantil, nossas crianças e jovens são expostos a outras culturas, enriquecendo seu repertório e visão de mundo. Abrem-se portas, também, a outras áreas do conhecimento, como as Ciências, a Tecnologia, as Artes e a Literatura. Um dos aspectos mais bonitos e edificantes é o exercício da empatia que esta exposição permite: ao mesmo tempo em que o estudante vai sendo envolvido por uma nova língua, desenvolve também a capacidade de se colocar no lugar do outro e pensar sobre outros aspectos e perspectivas, ampliando também o olhar sobre o outro, com suas semelhanças e diferenças. Há uma dimensão bastante vasta, portanto, que o impulsiona por um caminho promissor, num conceito de língua não com um caráter elitista, mas como via para possibilidades e novas experiências que o preparem para ser cidadão global e agente no mundo.
Para além da perspectiva da ampliação de repertório tanto do ponto de vista linguístico como cultural, o sujeito bilíngue tem a oportunidade de desenvolver outras habilidades associadas a atenção, foco, como também fortalecer as funções executivas que envolvem, por exemplo, planejamento e tomada de decisões. Isto porque este aluno precisa fazer escolhas relacionadas às línguas às quais está exposto, em um processo comunicativo e a partir de situações diversas. Vale ressaltar que um bilíngue não é a soma de dois monolíngues. As duas línguas coexistem e o sujeito fará uso de uma ou de outra a depender do contexto, do interlocutor e das circunstâncias.
Cabe à escola que se propõe a formar um sujeito bilíngue um papel crucial de promover a exposição deste sujeito à língua adicional em ambientes adequados, por meio de práticas pedagógicas que permitam com que este aluno exerça seu protagonismo, sua capacidade analítica e trabalhe a comunicação e o pensamento crítico, dentre outros aspectos. Isto pode se dar através da escolha de uma solução educacional ou programa de abordagem bilíngue de qualidade, propiciando o aprendizado da língua e através da língua, uma carga horária suficiente para a utilização de forma plena dos recursos didáticos propostos pelo programa.
Um outro caminho a ser percorrido pela escola é traçar uma estratégia para, gradativamente, se tornar uma escola bilíngue. No entanto, para isto, não basta simplesmente ampliar a carga horária o suficiente para promover para o aluno uma vivência significativa no idioma. Implica também numa proposta pedagógica oferecida para todos os alunos da escola, componentes curriculares ensinados em ambas as línguas e professores devidamente preparados, inclusive por meio de formação relacionada à Educação Bilíngue, dentre outros aspectos relevantes.
Independentemente do caminho escolhido, a escola tem um papel fundamental na formação deste aluno por meio das vivências oferecidas. Isto vai contribuir para que este aluno se empodere, mobilize conhecimentos, construa novos saberes e possa empreender conquistas significativas em um mundo plural e cada vez mais globalizado”.
Valéria Cortez – Editora de bilinguismo e internacionalização/ Selo StandFor Evolution da FTD Educação