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Futebol é ferramenta de educação

Livro eletrônico gratuito ajuda pais e professores a tirar o melhor proveito do esporte na rotina de aprendizado das crianças

 

Futebol na escola

 

O movimento Educar para Crescer em parceria com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), acaba de lançar o aplicativo gratuito O Futebol na Escola, um material didático e interativo que reúne matérias exclusivas, artigos, dicas de especialistas, vídeos e jogos sobre o tema. Disponível em versões para Ipad e Iphone, o aplicativo tem a missão de apoiar educadores e pais nas decisões relacionadas à educação de seus filhos por meio das atividades esportivas.

 

Com reflexões e experiências a respeito das oportunidades que o futebol oferece para o espaço educacional, o livro sintetiza muito dos ensinamentos de especialistas do setor, como Jorge Steinhilber, presidente do CONFEF, Alcides José Scaglia, coordenador de graduação da Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, e Ricardo Catunda, presidente da Comissão de Educação Física escolar do CONFEF. No aplicativo eles tratam de temas importantes para o desenvolvimento das crianças, tais como o respeito, o compromisso e o trabalho em equipe – e chama atenção para a importância da prática bem orientada por um profissional de Educação Física para um melhor aprendizado dos alunos.

 

Opinião de experts

 

Caco de Paula, diretor do Educar para Crescer, reforça que o aplicativo é rico em ideias que agora podem ser compartilhadas entre educadores, pais e demais interessados em promover mudanças conscientes e duradouras na educação brasileira. “Com o livro eletrônico, procuramos ir além da discussão e entrar no campo das propostas. A primeira delas é que se amplie o conhecimento sobre as oportunidades de melhoria do desenvolvimento e da aprendizagem a partir da educação física no cotidiano das escolas”, diz Caco.

 

“Também abordamos questões debatidas durante o Seminário O Futebol na Escola, realizado em maio deste ano, em São Paulo. Entre elas encontram-se como os valores do esporte contribuem para a criação de uma cultura de cidadania? Que boas práticas já existe nessa área? O que podemos esperar para o futuro? O que a Copa do Mundo deixa para nós?”, ressalta Caco.

 

Para o professor Jorge Steinhilber, presidente do CONFEF, a Educação Física é essencial para a formação do cidadão e para o alcance do equilíbrio do corpo, da mente e do espírito. Na entrevista dele concedida ao Educar para Crescer, que pode ser vista integralmente no livro eletrônico, ele ressalta o momento de transição da disciplina no Brasil, em que se busca uma nova forma de atuar nas escolas, com professores que contribuam efetivamente para reduzir a inatividade física e promovam valores como inclusão e colaboração. “Este ano, especialmente, com a Copa do Mundo realizada em nosso país, é o momento de aproveitarmos a visibilidade e utilizar o futebol para disseminar os valores do esporte, que são essenciais tanto dentro do campo quanto fora dele”, afirma Jorge.

 

Já o professor Scaglia destaca que é preciso aliar a teoria do futebol à prática, tendo um conteúdo sistematizado associado aos jogos e exercícios físicos. Ele parte dos princípios de que as aulas devem servir para “conhecer, contextualizar e ressignificar” o esporte.

 

E o especialista Antonio Ricardo Catunda de Oliveira, presidente da Comissão de Educação Física escolar do CONFEF, ressalta o legado que a Copa do Mundo nos deixou. “O aprendizado de valores como a construção de uma autonomia, o desenvolvimento de tarefas coletivas, o respeito às regras, a convivência com a diversidade, o repúdio ao racismo e à violência e a manutenção de hábitos saudáveis, são os legados socioeducativos que o país deve focar para fazer valer a Copa do Mundo”, destaca Ricardo.

 

Todas essas discussões estão aprofundadas no livro eletrônico O Futebol na Escola, que torna durável e acessível à participação de instituições e de mentes lúcidas dedicadas ao futebol. “Reunimos um time talentoso com uma meta ambiciosa. Foi o nosso pontapé inicial para que todo esse conhecimento gerado seja multiplicado e discutido por mais e mais pessoas que, assim como nós, acreditam no poder transformador da educação”, finaliza Caco de Paula.

 

 

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