Como as inovações tecnológicas estão transformando a aprendizagem? Quais os principais benefícios que elas podem trazer para alunos, professores e entidades de ensino? Como a disrupção, que alterou setores como os das comunicações, transporte, saúde e hotelaria, afetará a educação?
Na busca das respostas a estas e outras perguntas, um grupo de mais de 25 gestores do setor de educação viaja, na segunda semana de agosto, à região do Vale do Silício, na Califórnia (EUA). No roteiro estão visitas às sedes do gigantes da tecnologia Google, Facebook e Twitter, além de novas iniciativas como o aplicativo de aulas de idiomas Cambly e a faculdade Minerva, que oferece cursos universitários em que os alunos estudam cada semestre em um continente diferente. A programação prevê ainda palestras em Stanford e na Singularity University.
“Nossa ideia é ir ao principal polo de inovação do planeta e entender in loco os experimentos e tendências que estão construindo o futuro do ensino, além de seu reflexo nos negócios e novas oportunidades”, explica Tório Barbosa, CEO da Educa Worldwide, agência de publicidade e marketing especializada em ensino responsável pelo projeto, batizado de Educa Trends.
PROJETO MUDOU GESTÃO DO ENSINO NO PAÍS – Em sua sexta edição, o Educa Trends está com o maior número de inscritos até hoje. “Acreditamos que isto é um reflexo da importância com que o setor de educação está enxergando a intersecção entre ensino e tecnologia”, avalia Tório. No total, o Educa Trends já levou mais de 68 profissionais, visitando 18 Instituições de Ensino e oito grandes eventos em nove países.
“Trata-se de um grupo que, a partir deste conhecimento adquirido, mudou a gestão do ensino no Brasil, muitos deles participaram de diversas de nossas visitas”, avalia Tório. No quesito captação de alunos, por exemplo, em 2011, quando houve a primeira edição do Educa Trends, o Brasil tinha três instituições de ensino superior com call center, duas que trabalhavam com leads e três com trabalho de CRM. Hoje, pelo menos 50 instituições de ensino superior brasileiras contam com Call Center, mais de 40 com CRM e mais de 100 trabalham com conceito de leads.
Outro importante legado do projeto Educa Trends foi permitir aos gestores antecipar movimentos de mercado a partir de experiências internacionais. “Muitos cenários que vivenciamos atualmente no Brasil repetem situações similares de países onde o setor está mais maduro. Esta troca de informações permitiu às instituições uma tomada de decisões melhor embasadas, fortalecendo todo o segmento”, finaliza Tório.