O provimento da carreira por meio de um concurso público é o aparato mais democrático para o acesso aos postos de trabalho na organização funcional do Estado. A desopressão e a estabilidade, além das perspectivas de progressão de cargos são umas das vantagens que levam aguerridos estudantes a iniciarem longas preparações para os exames.
Há quinze anos acompanho aspirantes a vagas oferecidas por empresas do setor governamental, em todos os níveis da administração. E, nos últimos cinco anos, algo curioso tem afluído: houve uma explosão no número de concursos, bem como da massa de “concurseiros”. Em alguns casos, mais de duzentos mil candidatos participaram de um mesmo concurso, o que significa que apenas os mais preparados conseguiram atingir o objetivo. E mais, os que possuíram técnicas de estudo notabilizaram-se, sendo aprovados em menor tempo e com mais altas colocações.
Mapas mentais foram sistematizados por Tony Buzan, autoridade mundial sobre conhecimento, memória e uso do cérebro. Os seus livros já venderam enormes montas e estão disponíveis em cem países, traduzidos em trinta línguas. Estima-se que, hoje, a ferramenta seja utilizada por mais de duzentas e cinquenta milhões de pessoas, na busca de melhor potencial do cérebro.
Os diagramas têm sido amplamente utilizados por cobiçosos a cargos públicos. Isso se dá por uma única razão: tudo o que é mapeado é facilmente evocado. Com eles, é simples lidar com o excesso de informações exigido nos Editais. Melhoram a absorção, a compreensão e a memória, além de desenvolver a concentração.
O primeiro passo para implantá-los aos estudos é livrar-se dos rótulos. Alguns possuem a desacertada opinião de que, ao produzir mapas mentais, está a se perder tempo. Afinal, em sua elaboração, são imperiosos a presença de desenhos e diferentes cores, por exemplo. Porém, os benefícios adquiridos sobressaem quaisquer dúvidas acerca de sua eficiência. É possível que se lembre das imagens no momento da prova e, crucial, consegue-se revisar tudo o que foi mapeado em um espaço curto de tempo.
Sua estruturação segue regras basilares muito simples. Em primeiro lugar, é necessário usar cores distintas, que estimulem zonas cerebrais específicas. Ainda, as palavras devem ser abreviadas e as letras grandes, já que pequenas são enfastiadas e dificultam a leitura rápida. Por fim, deve-se escrever a partir do centro, com as informações secundárias e terciárias nas periferias, além de serem as imagens obrigatórias.
Finalizados, os mapas mentais devem ser submetidos a uma seriação de revisões. Inicialmente, devem ser armazenados em uma caixa diária, onde serão lidos durante trinta dias consecutivos. A reincidência de leituras de um mês, compulsando o mesmo mapa mental, que contém não somente informações, mas as preponderantes ideias dos assuntos de aulas ou leituras de doutrinas, faz com que o assunto seja enraizado na memória.
Após a permanência de um mês na caixa diária, deve-se remover o mapa mental para a caixa semanal, seguidamente das caixas quinzenal, mensal, semestral e, por fim, anual. De maneira empírica, conclui-se que, à medida que os mapas vão progredindo para a próxima caixa, o tempo de revisão é minorado. Isso se dá porque os diagramas têm maciços apelos visuais. O conteúdo é integralmente exaurido.
Produtividade e efetividade são capitais para que aja sobressalto diante das doze milhões de pessoas que hoje anseiam por uma vaga pública. Tanto os mapas mentais, quanto o desenvolvimento das demais técnicas de aprendizagem, proporcionarão maior rendimento e melhor aplicação do tempo. Afinal, a concorrência obriga atenção prioritária às estratégias de estudo.
Autor do livro “Mapas mentais e memorização para provas e concursos”, da Editora Impetus, em coautoria com o Juiz Federal William Douglas, Felipe Lima é coach para o sucesso em provas, concursos e exame da OAB desde 1999, professor nacional da Rede LFG de Ensino e Especialista em Técnicas de Aprendizagem Acelerada.
Formado em engenharia e pós-graduado em consultoria empresarial, o especialista é consultor e auditor da Petrobras e Correios; Pesquisador nas áreas de PNL (Programação Neurolinguistica) e Hipnose e professor universitário e de cursos de pós-graduação.