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O TDAH na escola

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos neurodesenvolvimento mais comuns da infância e pode persistir até a vida adulta. Estima-se que cerca de 5% das crianças e adolescentes em idade escolar sejam afetados (APA, 2014), e muitas vezes esse diagnóstico é rodeado por estigmas, equívocos e negligência.

O Dia Mundial do TDAH, celebrado em 13 de julho, nos convida à reflexão sobre como identificar, acolher e intervir de forma respeitosa e científica, especialmente nos dois ambientes mais importantes da criança: a escola e a família.

Na escola, o aluno com TDAH, frequentemente, enfrenta rótulos e punições injustas. Muitos educadores ainda não sabem identificar os sinais e interpretar os comportamentos relacionados ao transtorno. Isso pode gerar exclusão, baixa autoestima e fracasso escolar.

As principais características observadas em sala de aula são:

Algumas estratégias pedagógicas eficazes podem ser adotadas pelos professores para auxiliar esses alunos, como:

A formação dos professores sobre neurodesenvolvimento e o trabalho em parceria com as famílias são fundamentais para garantir inclusão e aprendizado real.

O diagnóstico do transtorno deve ser feito com cautela, por profissionais especializados (neuropediatra, psiquiatra infantil, psicólogo, neuropsicopedagogo) para evitar equívocos, com base em entrevistas clínicas, observações, testes psicológicos e relatórios escolares.

Um diagnóstico precipitado ou incorreto pode levar à medicação desnecessária, rotulagem indevida e abandono de intervenções terapêuticas mais adequadas. Da mesma forma, a falta de diagnóstico também traz prejuízos sérios, pois a criança pode ser rotulada como “problemática” e desenvolver baixa autoestima, ansiedade ou fracasso escolar.

 

Daniela Barreto de Oliveira Ferreira
Mestre em Educação, Pedagoga, Neuropsicopedagoga, Psicopedagoga, Neuroterapeuta, Especialista em Neurociência e Análise do Comportamento Aplicada (ABA), CEO do Instituto Neuroestar, do Consultório Cognitivo, criadora do Neuroestarcast.

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