Considerado uma febre no mundo todo, o Pokémon GO que foi lançado neste mês no Brasil, já conta com um número record de downloads – mais de 50 milhões de usuários de Android baixaram o game. O jogo que mistura realidade com o mundo virtual, faz do jogador uma espécie de “treinador” de monstrinhos que são visualizados na tela do celular. Quanto mais a pessoa se locomove, mais criaturas ela encontra para caçar. Se por um lado a tecnologia conseguiu tirar muitas pessoas de casa para irem às ruas, por outro tem gerado muitas controvérsias com relação à influência nos estudos. A professora e psicopedagoga da Tutores, Adriana Barbeiro, mostra os prós e contras do jogo e explica a importância de colocar limites em seu uso.
Jovens e crianças sempre encontraram motivos para fugir de suas responsabilidades e tirarem o foco dos estudos. Com os jogos não é diferente. “Mais importante do que o fato do jogo poder viciar a criança por ter uma tecnologia avançada e dar a sensação de realidade expandida, é tentarmos enxergar sempre o que podemos tirar de positivo dele e como podemos fazer o melhor uso”, declara a psicopedagoga.
Se um jogo está consumindo muito o tempo de uma pessoa, que não está cumprindo com seus deveres, é necessário saber os limites que foram impostos para esta atividade. Segundo a psicopedagoga, limite não é proibição nem barreira, mas fronteira, na qual é possível explicar o motivo pelo qual não se vai ultrapassar. Essa teoria pode ser colocada em prática pelos pais e pelos professores, que devem explicar com carinho e respeito o motivo pelo qual a criança não poder fazer uma atividade em determinado momento. É necessário que fique claro para os pequenos que ao ultrapassarem uma fronteira, eles estarão sendo irresponsáveis e desrespeitosos. Esses limites devem ser colocados logo nos primeiros anos de vida.
As regras também precisam existir, pois são elas que vão ensinar onde estão as fronteiras, o que é permitido ou não fazer. Jamais devem ser impostas, tudo deve ser conversado e uma vez que se criou uma regra é necessário cumpri-la. Os responsáveis pela criança precisam ter coerência no discurso, então caso se prometa fazer algo se uma regra for quebrada, é necessário de fator fazer. Então se a mãe combinou com o filho que tiraria o celular dele caso ele jogasse antes de estudar, por exemplo, caso o filho descumpra essa regra, a mãe deve tirar o aparelho dele.
Outra maneira bastante interessante de colocar regras, é fazer uma lista de tarefas a serem executadas e sugerir algo em troca. “Crie um roteiro de atividades individuais e familiares definindo qual a responsabilidade de cada um e inclua o Pokémon GO, por exemplo, neste roteiro. Vai chegar um momento que o próprio filho vai cobrar do pai uma atividade que não foi feita”, explica Barbeiro.
A psicopedagoga aponta também para importância de ser o exemplo na educação de uma criança: os pais devem se perguntar sempre que tipo de filho estão deixando para o mundo, que exemplo que eles estão tendo, qual é a noção de limites que eles têm de regras, responsabilidades e fronteiras. No caso dos jogos também. Um filho jamais pode ver um pai deixando de fazer algo por estar jogando.
Os jogos por si só e de maneira geral são bastantes positivos para as crianças e adolescentes, pois os ajudam a desenvolver múltiplas inteligências, capacidades cognitivas, raciocínio lógico, emoção, pois eles precisam entender quando perdem, respeito ao próximo e ampliam o acesso às culturas em alguns casos. O próprio Pokémon GO pode ser levado para as salas de aula no ensino de matemática e geografia por exemplo. Realizar cálculos de distância, tempo, quilômetros, elaboração de gráficos, gasto de calorias, etc. A lição mais importante que se pode tirar de toda tecnologia é de levar o que há de mais prazeroso para as crianças aprenderem.
“O vício existe não só para os jogos, existem pessoas viciadas em Instagram, Facebook e diversas outras redes sociais, ou seja, todas as tecnologias podem tirar o foco de qualquer pessoa sobre qualquer coisa, caso não existam limites e regras.”, conclui.
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