“Nós começamos ajudando os alunos da nossa escola e nós já estamos ajudando os deficientes da nossa comunidade. E é nosso propósito agora ajudar os deficientes que estejam precisando em outras comunidades”
Ivanês Oliveira Alexandrino – professor mentor do projeto ganhador do concurso “Respostas para Amanhã”
A Revista Direcional Escolas participou do Primeiro Fórum de Educação na América Latina e entrega dos prêmios do concurso “Respostas para o Amanhã” promovidos pela Samsung em Currais Novos. O evento apresentou personagens importantes que tem como objetivo em comum transformar a educação brasileira.
Com uma simples pergunta uma escola mudou a comunidade de alunos de Currais Novos em Rio Grande do Norte. A Escola Estadual Tristão de Barros respondeu a questão “Como a Matemática e as Ciências podem melhorar a sua comunidade?” e ganhou o concurso “Respostas para o amanhã”. O prêmio foi a implantação de um espaço com a infraestrutura e a doação de equipamentos Samsung para uma sala de aula interativa.
Os responsáveis pela escola ganhar o prêmio foram os alunos da terceira série A do Ensino Médio que desenvolveram o projeto “Equilíbrio – para uma inclusão sustentável e um meio ambiente melhor”. O projeto contava com três produtos que atendiam aos alunos com necessidades especiais. Entre eles estavam um mouse óptico que ajuda deficientes visuais, além de bengalas e pulseiras que detectam obstáculos e avisa o usuário pelo caminho e uma cadeira de rodas elétrica que funciona por meio de um joystick de videogame.
O professor Ivanês Oliveira Alexandrino foi o mentor do grupo vencedor. Ivanês dá aulas de Física na escola e desenvolve seu trabalho no laboratório de Física alternativo que ele mesmo criou: “O projeto em si se iniciou porque as Escolas Estaduais não tem laboratórios de Física. São poucas as que tem laboratórios de Física. Então eu tentei fazer um laboratório alternativo com sucata e de repente eu comecei a montar o laborátorio com resíduos. A comunidade começou a colaborar comigo e trazer materiais eletrônicos para que eu pudesse montar meu laboratório. Mas o laboratório já estava montado. Eu com meus alunos pensei em qual destino eu poderia dar para esses resíduos.”
De uma simples colaboração surgiu uma grande oportunidade. A diretora do colégio, que virou referência em inclusão, Elba Alves comenta que o trabalho em equipe foi essencial para a realização do projeto: “O trabalho em equipe, principalmente o pedagógico, surte todos esses resultados. A área do concurso foi de Física, Ciências da Natureza e Matemática, mas a gente teve outros temas como educação especial.” A escola é conhecida por possuir um alto índice de acolhimento de pessoas com necessidades especiais. Além disso traz para as salas de aula uma pedagogia que leva em conta o que os alunos pensam, incluindo todos na mesma rede do saber: “A gente não esta em uma sociedade mais onde o conhecimento é a memorização. A gente está em uma sociedade 3.0 que é marcada pelo conhecimento e pela informação móvel. A escola tem que avançar nisso, é de fazer que o aluno goste de estudar porque ele ressignifica essa prática aproximando os conhecimentos científicos e teóricos da realidade.”
A Samsung trabalha a favor da educação acessível e busca aproximar e trazer valores para toda sociedade por meio do seu trabalho. O evento se mostrou responsável com a inclusão social e permitiu que muitos cidadãos se beneficiassem com o trabalho genuíno da Escola Estadual Tristão de Barros.
A aprendizagem se torna significativa, mais humanizada. Os alunos começam a ter um novo olhar sobre o professor, a educação e a escola. O professor mentor do projeto “Equilíbrio – para uma inclusão sustentável e um meio ambiente melhor”, Ivanês Oliveira Alexandrino, impacta e causa reflexão com a seguinte frase: “O professor é mediador de conhecimentos. O aluno tem na prática a ferramenta adequada para que ele possa na aprendizagem estar aguçando sua criatividade de fazer e de aprender.”
Texto: Natalia Melo
Entrevistas: Felipe Martyn
Fotos: Felipe Martyn