O graffiti, que emergiu nas periferias de Nova York na década de 1970 e, desde então, segue revelando artistas com variados estilos no mundo todo, é a prática artística central do Proje7o Arco-Íris, criado pela Burburinho Cultural, produtora com ênfase em transformação e inclusão social. Voltado para os/as estudantes de escolas públicas, o projeto oferece oficinas gratuitas de graffiti para os/as alunos/as de 10 a 18 anos e incentivam intervenções artísticas no espaço físico das escolas, como a revitalização dos muros. O projeto, que envolve artistas locais (como arte-educadores/as e grafiteiros/as), professores/as, alunos/as e coordenadores/as, já passou por sete cidades brasileiras: Niterói (RJ), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Guaratinguetá (SP), Curitiba (PR), Lajes (SC) e Três Lagoas (MS).
As primeiras escolas estaduais beneficiadas foram a Brisabella A. Nobre, em São Paulo, e Professor Jacob Casseb, em São Bernardo do Campo, que tiveram quatro dias de oficinas cada, mediadas por um arte-educador, tendo um grafiteiro como convidado. Quanto à receptividade do Arco-Íris, o entusiasmo e a proatividade dos/as alunos/as foram fundamentais para a realização do projeto nas escolas, com o atendimento de cerca de 80 alunos/as por escola e mais 10 professores/as que acompanharam os workshops de formação. Além disso, toda a instituição é impactada com a ação e o número aproximado é de mais de 300 pessoas beneficiadas diretamente, além do impacto positivo no bairro e na comunidade ao entorno.
Na cidade de São Paulo, o mural desenvolvido pela artista Kari trouxe como conceito “O futuro começa aqui”. O grafitti retrata dois alunos como personagens de videogame e expandindo suas possibilidades de futuro enquanto estudantes. Já em São Bernardo do Campo, o projeto foi inspirado no jogador de futebol Reinaldo Kauan, atleta do Mirassol, nascido na cidade e ex-aluno da escola, que estampa o mural como forma de motivar os jovens a realizarem seus sonhos. “Celebrar uma personalidade da cidade foi uma maneira de fortalecer o protagonismo de que é possível conquistar seus objetivos. É muito bom ver como mudam os discursos dos alunos quando começam as oficinas e quando elas terminam. Todos os conhecimentos que eles obtêm ali são para a vida inteira. A escola passa a ser beneficiada não só por estética, mas também como uma nova cultura de cores e afetos”, afirma Joelma Veiga, produtora executiva do projeto.
“O Proje7o Arco-Íris transforma as escolas visualmente, mas aproxima afetivamente e criativamente o aluno do ambiente escolar. Ele se apossa dele, renova, se expressa e aprende técnicas de pintura e reaproveitamento de resíduos. É um trabalho que reconecta o aluno ao segundo lugar mais importante do início da vida deles. E o mais interessante é ver isso tudo acontecer numa empreitada de um ano, itinerando por sete escolas diferentes pelo Brasil’’, declara o idealizador e diretor de projetos, Thiago Ramires.
Além de Ramires, a iniciativa é conduzida ainda pela diretora executiva da Burburinho Cultural, Priscila Seixas, pela gestora de projetos, Camille Dias e pela produtora, Joelma Veiga, que garantem a continuidade do projeto durante todo o ano de 2023. O Arco-Íris é viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da CTG Brasil, Wilson Sons, BASF e é realizado pela Burburinho Cultural e Ministério da Cultura, Brasil União e Reconstrução, Governo Federal.
Para mais informações, acesse o Instagram oficial do projeto: @proje7oarcoiris