A influência cada vez maior da tecnologia em toda sociedade é um fato difícil de ignorar. Trata-se de processo natural e orgânico que se renova e intensifica constantemente. O debate sobre os prós e contras é travado enquanto a tecnologia avança exponencialmente e gradativamente penetra em todos os processos, rotinas, órgãos e entidades, das menores às maiores.
Na educação não é diferente. Dilema de muitas escolas, o uso da tecnologia é muitas vezes rejeitado prematuramente. É um paradigma muito grande a ser mudado e ainda estamos nos primeiros passos dessa transição. Como citado por Ruben Saldanha, gerente de tecnologia da Intel, “A educação atual é como andar de avião. Devemos sentar, apertar o cinto e desligar todos os aparelhos eletrônicos”.
O mindset das escolas ainda precisa mudar. Todo ecossistema de inovação na educação ainda é embrionário. No geral, a visão das escolas, donos de escolas, professores, diretores, coordenadores e dos próprios pais ainda precisa amadurecer para se sensibilizar em relação à inovação e tecnologia. Felizmente, muitas escolas estão despertando e dando os seus primeiros passos.
Início
Por onde começar? Certamente é uma pergunta que muitas escolas se fazem. É um universo novo, cheio de caminhos e possibilidades. Quais as melhores alternativas e riscos para adoção do uso da tecnologia? Segundo Deni Yuko Higa, empreendedora do setor de educação, antes de mais nada, é preciso parar e olhar para dentro da escola. “Os professores, coordenadores já têm alguma relação com o uso da tecnologia no dia a dia? Vale fazer uma autocrítica e buscar quais os processos que tem mais aderência à inovação. É um aprendizado.”
Muitas escolas escolheram começar implantando um sistema que substitui a agenda de papel por meio de um aplicativo mobile, em que a escola envia as informações de rotina diretamente para o celular dos responsáveis. Existe um canal controlado de troca de mensagens no qual as informações ficam armazenadas e disponíveis para todos os funcionários. A escola pode ainda compartilhar informações interessantes ou fazer posts em uma interface similar ao do Facebook. Os pais podem convidar outras pessoas para acompanharem os posts (tios, avós, babás) expandindo o escopo da rede social da escola.
Além de uma prática de sustentabilidade, abre-se um novo mundo – cheio de possibilidades. É uma ótima oportunidade para as escolas convidarem os responsáveis a participarem da construção de um novo nível de relacionamento, um relacionamento digital muito mais alinhado às expectativas dos pais, principalmente dos mais novos. Estudos reforçam a necessidade de adequação e a intolerância que as novas gerações tem com relação a práticas tidas como antiquadas e nocivas ao meio ambiente, como, por exemplo, o uso do papel.
Simples
A implantação do sistema é muito simples. O ambiente fica pronto em menos de uma semana sem nenhum custo de setup. O treinamento pode ser feito por tutoriais de vídeo online que podem ser revistos sempre que necessário. A empresa oferece ainda suporte para tirar dúvidas e ajudar na implantação.
É natural que exista receio em mudar, mas a maior preocupação das escolas deveria ser justamente a de não mudar. “É mudar ou morrer!” afirma Ronaldo Mota, professor emérito da Universidade Federal de Santa Maria e autor do livro “Educando para a Inovação” em coautoria com David Scott, professor da universidade de Londres. Então mude – para melhor.
Fabrício Moreira, diretor da Zenno – Agenda Digital
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