A situação atual segmentou as escolas em dois grupos: as que possuem competência de lidar com situações adversas com calma, celeridade, responsabilidade e estratégias criativas; e as que simplesmente não conseguem se posicionar, agir ou se comunicar adequadamente. A seguir, algumas sugestões de comunicação:
1 – Mostrar que a prestação dos serviços está sendo realizada. Manter uma comunicação ininterrupta com alunos e pais, mesmo que estejam de férias.
2 – Por que escolas que prestam o mesmo serviço de aulas remotas possuem diferentes níveis de satisfação dos pais? A diferença está na comunicação: enquanto algumas escolas são tarefeiras, que enviam as aulas gravadas, outras, além disso, mantêm o vínculo por meio de conversas e explicações por telefone ou vídeos ao vivo.
3 – Manter uma periodicidade de contatos: criar um calendário para os professores se comunicarem com os alunos e bate-papos entre eles para matar a saudade, principalmente com os menores.
4 – Não se esquecer de manter e divulgar um canal de comunicação direta com a escola. Pode ser com a coordenação, direção ou representante da escola, além do administrativo e financeiro. Mesmo de férias, alguém da escola deve continuar atendendo os pais e os responsáveis.
5 – Nesse momento, as escolas devem auxiliar na manutenção do equilíbrio emocional das famílias e, principalmente, dos alunos. Por isso, cuidado com a propagação de fake news e conteúdos com tom apocalípticos. E, se possível, ter uma psicóloga e/ou psicopedagoga à disposição das famílias, caso os pais percebam algum comportamento estranho no filho. Enviar dicas de como lidar com o confinamento e a situação atual também é uma boa pedida.
6 – Além do foco informativo e educacional, é preciso uma grande dose de afeto e comunicabilidade com canais diretos para escutar os pais. Em tempos de confinamento, o acolhimento e a atenção são condições sine qua non.
• Promover ligações e vídeos com as famílias;
• Gravar recados dos professores para os alunos;
• Dar o exemplo: banco de fotos e vídeos nas redes sociais com os alunos estudando;
7 – Não será fácil para as famílias balancear atenção e estudos com seus filhos e o trabalho home office. Assim que a epidemia passar, as famílias retornarão rapidamente para as escolas. Nesse momento, poderá haver trocas para escolas mais próximas. Desta forma, todas as ações de comunicação propostas deverão ser replicadas para os ex-alunos, prospects e para o mercado entorno.
8 – As famílias tendem a escolher alguns meios principais para se relacionar com a escola. Por isso, utilize várias formas de comunicação: redes sociais, web/e-mail, WhatsApp, aplicativos, telefone e site – não se esqueça de tentar manter o site atualizado.
9 – É importante que os conteúdos sejam variados:
• ACADÊMICO – boletim, dicas de livros, filmes, brincadeiras, curiosidade… (utilizar a fachada e o terraço dos prédios, mensagens de otimismo e datas comemorativas);
• RECREATIVOS – campeonatos, concursos com votação pelas redes sociais, quizzes e brincadeiras (aplicativo da brincadeira STOP com a classe);
• INTERESSE PÚBLICO – utilidade pública, dicas de saúde, campanhas solidárias e good news – envio de notícias boas para melhorar o inconsciente coletivo. Cuidado com as fake news, utilize fontes confiáveis como, por exemplo, o UNICEF para coletar dados. 10 – Ninguém está acostumado com aulas remotas – as famílias precisam de explicações de como funciona, qual o tempo de aula, a importância de manter as aulas etc., preferencialmente, pelo telefone ou vídeo ao vivo.