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A influência do transtorno fonológico nas habilidades de leitura e escrita.

O transtorno fonológico é definido como uma dificuldade quanto à aquisição dos sons da fala esperados para o estágio do desenvolvimento e próprios da idade. Pode envolver erros na produção, uso, representação ou organização dos fonemas, tais como substituições de um som por outro ou omissões de sons.

A prevalência é de aproximadamente 2% das crianças de 6 e 7 anos com transtorno fonológico de moderado a grave, embora a prevalência de formas mais leves seja superior, e maior prevalência no sexo masculino.

Ele deve ser identificado o mais precocemente possível em pré-escolares e escolares para que seja trabalhado e o impacto nas alterações cognitivo-lingüísticas na aprendizagem minimizados, pois, o processo fonológico alterado compromete o acesso e a recuperação do léxico mental (imagem mental da palavra), ocasiona problemas no mecanismo de conversão letra-som, tão exigido nas atividades de leitura e escrita de um sistema de escrita como o português.

As mo­dalidades oral e escrita da comunicação humana compartilham funções e processamentos de diferentes sub­sistemas da linguagem, alguns dos quais – principalmente os fonológicos – são importantes para o aprendizado do princípio alfabético da escrita.

Essas relações implicam e definem a necessidade da criança ter desenvolvido, completa e adequadamente, o seu sistema de fala, ao ingressar no ensino fundamental, pois as representações fonológicas são a base onde informações formais sobre letras e palavras escritas serão sedimentadas. Então, o aprendizado da leitura e da escrita, na vigência da alteração de fala, não é tarefa fácil para o aluno.

Regiane A. Crippa, fonoaudióloga da Clia Psicologia, Saúde & Educação

Fonoaudióloga graduada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp/EPM), com Aprimoramento Profissional pelo Hospital do Servidor Público Estadual e Especialização em Aprendizagem pela Faculdade de Medicina do ABC. Atuação em ações de promoção da saúde, prevenção, avaliação, diagnóstico, tratamento e orientação de aspectos envolvidos na função auditiva periférica e central, na linguagem oral e escrita, na articulação da fala, na voz, na fluência e no sistema miofuncional orofacial.

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