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A meritocracia divina

Em nossa intimidade todos fazemos nossos pedidos à essa instituição extraterrestre, força universal,  incomensurável e de extrema justiça que entendemos como DEUS. Esse ser não humano que é capaz de realizar tudo que parece impossível ao homem realizar:  — A harmonia do universo, o processo de dessalinização das águas pelas chuvas nos provendo esse líquido tão precioso, a lei de atração pelo centro da terra, a disseminação das sementes com o devido provimento dos reinos mineral, vegetal e animal  –, bem, tudo que nos achamos incapazes de realizar.

Esse ser deve realizar todos as solicitações dos seres humanos?

Está claro que não! Assim como um pai não pode e nem deve realizar todos os pedidos de uma criança sem passar pelo crivo da razão entre a utilidade e o supérfluo.

O que pode influenciar as decisões?

— Cada qual tem sua opinião que para mim é o mérito individual.  Precisamos nos colocar em postura de merecimento, sair da nossa zona de conforto, e isso não é nada fácil porque nos exige muito esforço. Esforço a que não estamos acostumados.

Queremos algo de graça, que venha a nós como por milagre, por quê?

— Porque sempre nos achamos merecedores, mesmo sem esforço e dedicação.

O esforço de cada individuo é o que nos torna diferentes! Portanto essa ânsia nacional pela igualdade é injusta e sem sentido, precisamos respeitar a todos com suas diferenças individuais.

Vejamos o exemplo da dor, nenhum doutor consegue medir exatamente a dor que sentimos.  Precisamos lhe falar, e de acordo com nossa fala o doutor interpreta o tamanho da nossa dor. Se somos fortes e resistentes tomaremos menos remédios que os mais fracos e escandalosos. Não há  padrão  de igualdade.

“A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”.  Frase acertadíssima de Carlos Drummond de Andrade.

Cada qual sofremos mais ou menos o tamanho da dor das nossas mazelas por ausência de méritos. Essa é a Justiça Natural e Divina, á qual nós homens poderíamos nos apoiar.

Antonio Luiz Dallaqua professor PEB I, efetivo da Rede Estadual, leciona na E.E.Profª Philomena Baylão na DIR Norte2.  Formado em pedagogia pela Fundação Santo André e possui cursos sobre alfabetização em Língua Portuguesa e alfabetização matemática.  Bacharel em Ciências Contábeis pelo Instituto de Ensino Superior Santo André.

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