Em nossa intimidade todos fazemos nossos pedidos à essa instituição extraterrestre, força universal, incomensurável e de extrema justiça que entendemos como DEUS. Esse ser não humano que é capaz de realizar tudo que parece impossível ao homem realizar: — A harmonia do universo, o processo de dessalinização das águas pelas chuvas nos provendo esse líquido tão precioso, a lei de atração pelo centro da terra, a disseminação das sementes com o devido provimento dos reinos mineral, vegetal e animal –, bem, tudo que nos achamos incapazes de realizar.
Esse ser deve realizar todos as solicitações dos seres humanos?
Está claro que não! Assim como um pai não pode e nem deve realizar todos os pedidos de uma criança sem passar pelo crivo da razão entre a utilidade e o supérfluo.
O que pode influenciar as decisões?
— Cada qual tem sua opinião que para mim é o mérito individual. Precisamos nos colocar em postura de merecimento, sair da nossa zona de conforto, e isso não é nada fácil porque nos exige muito esforço. Esforço a que não estamos acostumados.
Queremos algo de graça, que venha a nós como por milagre, por quê?
— Porque sempre nos achamos merecedores, mesmo sem esforço e dedicação.
O esforço de cada individuo é o que nos torna diferentes! Portanto essa ânsia nacional pela igualdade é injusta e sem sentido, precisamos respeitar a todos com suas diferenças individuais.
Vejamos o exemplo da dor, nenhum doutor consegue medir exatamente a dor que sentimos. Precisamos lhe falar, e de acordo com nossa fala o doutor interpreta o tamanho da nossa dor. Se somos fortes e resistentes tomaremos menos remédios que os mais fracos e escandalosos. Não há padrão de igualdade.
“A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional”. Frase acertadíssima de Carlos Drummond de Andrade.
Cada qual sofremos mais ou menos o tamanho da dor das nossas mazelas por ausência de méritos. Essa é a Justiça Natural e Divina, á qual nós homens poderíamos nos apoiar.