Protagonismo estudantil, flexibilidade, acesso ao conhecimento em ambientes digitais, experiências e vivências diversas unindo os campos presencial e remoto. Essas características podem ser definidas como peças-chave do “ensino híbrido”, uma abordagem educacional que compõe as metodologias ativas e propõe outras formas de entrosamento com a aprendizagem, sobretudo diante de mudanças significativas que atravessamos na atualidade.
“O ensino híbrido e outras metodologias ativas são demandas necessárias e que ajudam na educação contemporânea”, diz Junior Cadima, psicopedagogo e mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP). “Essas abordagens colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, o que é amplamente reconhecido como uma prática eficaz de ensino. É importante destacar que a formação do professor é essencial para que o trabalho aconteça de maneira efetiva”, complementa.
BENEFÍCIOS
A tecnologia e as suas facilidades se mostram cada vez mais integradas no cotidiano de todos e todas. Desse modo, utilizar recursos digitais que viabilizem outras relações com os estudos, enriquece a experiência da aprendizagem e auxilia no desenvolvimento de habilidades digitais. Segundo Cadima, ao interagir com plataformas on-line e tecnologias digitais, “os/as alunos/as têm a oportunidade de desenvolver habilidades digitais importantes que são cada vez mais necessárias no mundo do trabalho”.
Para além do acesso aos recursos on-line, o ensino híbrido é flexível em sua própria estrutura, já que os/as alunos/as podem decidir, em muitos casos, os dias e horários que vão se dedicar aos estudos. “Isso pode ser especialmente útil para alunos que têm outros compromissos, como trabalho ou cuidados familiares”, destaca o psicopedagogo. Outro destaque que a metodologia possibilita é a personalização da aprendizagem, considerando as necessidades e os interesses individuais dos/as estudantes, assim como o melhor caminho para trilhar a sua aprendizagem.
NA PRÁTICA
Inserir o ensino híbrido na rotina escolar, conta o psicopedagogo, envolve uma série de etapas. É importante observar, em um primeiro momento, se a escola tem uma infraestrutura tecnológica adequada, incluindo acesso à internet de alta velocidade e dispositivos digitais para os/as alunos/as. Os/as professores/as também fazem parte do processo e precisam de formação e apoio para desenvolver e implementar estratégias de ensino híbrido. “Isso pode incluir a aprendizagem de como usar efetivamente as plataformas de aprendizagem on-line e como integrar o ensino on-line e presencial de maneira eficaz. Finalmente, é importante que os/as alunos/as e os pais também recebam apoio para se adaptarem a essa nova forma de aprendizagem”, completa. (RP)
Saiba mais:
Junior Cadima – jrcadima@hotmail.com