Por Eduardo Shinyashiki
O termo “Burnout” indica um estado de exaustão emocional causado por estresse devido às condições de trabalho e a fatores pessoais.
O termo apareceu pela primeira vez na área esportiva, em 1930, para indicar a incapacidade de um atleta que, depois de ter vivenciado momentos de sucesso, não conseguiu obter resultados adicionais ou manter o mesmo rendimento.
O assunto foi então retomado pela psiquiatra americana C. Maslach, em 1975, que utilizou a expressão para descrever uma síndrome cujo sintoma é, geralmente, definido como exaustão emocional. Esse esgotamento está ligado ao contexto profissional e pode ser causado por uma série de sentimentos ou estados emotivos percebidos no dia a dia, como apatia, perda de entusiasmo, desmotivação, frustração, insatisfação, intolerância, impaciência e sensação de fracasso.
Nos últimos anos, houve um aprofundamento nos estudos sobre essa forma de sofrimento psícologico, mas, ainda assim, reconhecer a síndrome de burnout não é fácil.
Os sintomas da síndrome incluem geralmente três experiências que representam as dimensões básicas do problema:
A primeira característica é a exaustão emocional que é experimentada como uma aridez interior e pelo sentimento de não ter mais energia para trabalhar, como uma sensação de impotência, tensão, impaciência, nervosismo, falta de motivação em relação às atividades profissionais e até pela depressão.
A segunda característica típica do problema é chamada de despersonalização e corresponde a uma tendência de reagir de forma fria ou até mesmo cínico-agressiva em relação ao próprio trabalho e às pessoas envolvidas. É um estado mental de distanciamento, de indiferença ao próximo.
A terceira particularidade da Burnout é o sentimento de insatisfação profissional, resultando em falta de confiança nas próprias habilidades e competências, em menos ambições de sucesso e de carreira e também em uma sensação de insatisfação e raiva. É uma verdadeira mistura de sentimentos que desfavorecem a felicidade no trabalho e impede a pessoa de evoluir e aprender.
Fortalecer a inteligência emocional e o autoconhecimento é fundamental para melhorar e superar esses três aspectos, além de estimular a automotivação e a persistência diante das decepções e frustrações, contribuindo para crescer e melhorar constantemente.
Para isso, é preciso conscientizar-se de algumas ações importantes para impedir ou contornar o estado de sofrimento:
- Estabelecer metas realistas e se comprometer para alcançá-las;
- Não desanimar diante dos possíveis insucessos, mas considerá-los transitórios e momentâneos;
- Dedicar-se para aprimorar suas competências, qualidades e profissionalismo;
- Enfrentar as dificuldades e as situações de conflito sem se sentir esmagado por elas, mas procurando soluções e alternativas.
Com isso, podemos continuar no caminho da realização com maturidade e confiança para atingir os resultados escolhidos, descobrindo que sempre existirá uma nova perspectiva para enxergar a si mesmo e a realidade.