A cada dia fica mais evidente a necessidade do aprendizado efetivo de inglês dos alunos da educação básica do Brasil.Tanto que a partir do próximo ano essa disciplina passa a fazer parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) das escolas públicas brasileiras.
Dessa maneira, a grande questão é como verificar a efetividade do ensino e como garantira importância das metodologias ativas no processo de aprendizagem. Os gestores escolares precisam estar preparados para desatar esse nó e garantir que seus alunos realmente saiam da escola bilíngues para que possamos transformar a triste estatística de que apenas 5% da população brasileira é fluente em inglês.
Assim, fica evidente que observar o que é feito no mundo todo passa a ser fundamental, na medida em que alinhar os conteúdos curriculares, a formação dos professores e a mensuração de resultados de aprendizagem a parâmetros internacionais causam impacto relevante no aprendizado dos alunos e o preparo dos professores. Por isso, se faz necessário olhar para três vertentes: a metodologia, o preparo do professor e sua aptidão para fazer a roda do conhecimento girar e por fim, a motivação tanto do professor quanto do aluno.
Desenvolver metodologias estimulantes implica em tornar o processo de aprendizado eficaz e que os alunos possam se comunicar eficientemente em diversos contextos seja laboral ou acadêmico. O Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR) é uma convenção internacional que define níveis de proficiência em idiomas e descreve o que se espera que os alunos consigam produzir de acordo com o nível de conhecimento que possuem. Assim, seguir o CEFR é fundamental no processo de desenvolvimento tanto de alunos quanto de professores.
Essas diretrizes devem ser associadas aos exames internacionais de proficiência em inglês, que trazem em seu contexto, dois indicadores importantes. O primeiro é oferecer ao aluno e seus pais a possibilidade de comprovar o que foi aprendido. O outro é garantir ao gestor a possibilidade de evidenciara seriedade do seu sistema de ensino.
Por isso, entendo que os exames de proficiência internacionais devem ser considerados importantes na hora de comprovar o conhecimento de inglês.
Indo além, a junção da metodologia correta e a inclusão dos exames de proficiência promovem as competências que vão, no dia a dia, articular a disciplina, as atividades a serem adotadas e os objetivos de aprendizado ao longo do tempo, na medida em que esses são aspectos indissociáveis e compõem uma rede de complementos.
Isso leva à inclusão de uma matriz de referência padronizada, que aliada aos padrões nacionais de aprendizado pode permitir o mapeamento das diferentes políticas públicas para o ensino de uma língua estrangeira e ao mesmo tempo identificar as tendências nos sistemas educacionais, tendo em vista que sem processos de mensuração é impossível traçar qualquer meta nem se consegue acompanhar resultados ou a qualidade dos programas de aprendizado existentes.
Agora tudo isso deve estar aliado ao estímulo e o engajamento, elementos essenciais no processo de aprendizado para manter alunos e professores continuamente interessados em seu desenvolvimento.
Fica claro por toda essa argumentação que os resultados linguísticos devem ser foco. Mas, também é necessário olhar para os resultados não-linguísticos, às habilidades e competências desenvolvidas ao longo do processo de aprendizado.