O berçário, além de ser o primeiro contato social dos bebês e de proporcionar formações sensorial, psicomotora, cognitiva e afetiva, fortalece estímulos, movimentos, brincadeiras e incentivos lúdicos para os bebês. Para garantir um espaço acolhedor, seguro e higiênico, é preciso se atentar para a estrutura específica dos berçários, bem como observar os múltiplos aspectos que devem compor a função pedagógica do espaço.
De acordo com Denise Carareto, empresária do setor, um bom planejamento é a peça-chave para atender as necessidades dos bebês e promover seu desenvolvimento integral. “A segurança é o primeiro aspecto a ser garantido: o ambiente precisa ser limpo, ventilado, iluminado naturalmente e livre de riscos”, indica. Além da segurança, os móveis devem ser feitos com materiais atóxicos, não ter quinas e contar com proteção adequada, como travas nas portas, protetores de tomada e pisos antiderrapantes. “A rotina de limpeza deve ser rigorosa, abrangendo brinquedos, superfícies e áreas comuns, para evitar a propagação de vírus e bactérias”, complementa.
Outros cuidados, como garantir a presença de profissionais capacitados e habilidosos no trato com os bebês, respeitar o avanço de cada bebê, manter o diálogo com as famílias e planejar atividades que contemplem o ritmo e a individualidade oferecendo bem-estar e segurança, são requisitos fundamentais. É preciso, também, se atentar aos estímulos que favorecem o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional por meio de ambientes ricos em estímulos sensoriais.
“Isso inclui variedade de brinquedos, sons, cores e texturas, além de espaços amplos e seguros para que os bebês possam explorar, engatinhar e brincar. A interação dos profissionais com os bebês deve ocorrer constantemente, por meio de músicas, histórias, conversas e brincadeiras. O envolvimento das famílias em atividades e projetos da escola também contribui para o sentimento de pertencimento e segurança”, destaca Carareto.
REFORMANDO O BERÇÁRIO
Para gestores e gestoras de escolas que pretendem reformular seu berçário, algumas indicações iniciais são imprescindíveis, como realizar um diagnóstico do espaço e envolver professores, famílias e equipe técnica nesse processo de análise. “A contratação de uma consultoria especializada em ambientes educativos pode ser um bom ponto de partida para alinhar a proposta pedagógica ao projeto físico”, afirma a empresária. Na escolha de fornecedores e empresas, ela diz, deve-se priorizar aquelas com experiência comprovada em espaços infantis, que ofereçam produtos com certificação de segurança e garantia de durabilidade. “É fundamental também garantir que o novo projeto esteja em conformidade com as exigências legais da prefeitura, da vigilância sanitária, do corpo de bombeiros e das secretarias de educação”, completa.
“Por fim, é indispensável que toda a comunidade escolar seja envolvida no processo de reformulação. Compartilhar o projeto com as famílias, ouvir sugestões e manter todos informados sobre o andamento das etapas fortalece a confiança e o vínculo entre escola e comunidade, beneficiando diretamente as crianças”, finaliza Carareto. (RP)
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Denise Carareto – atendimento@direcionalescolas.com.br