A brincadeira tem um papel fundamental no desenvolvimento de toda criança. Todo brinquedo, jogo ou brincadeira propostos para as crianças levam ao desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo e social, desde que planejados e pensados com critério. E, caso seja possível, criar espaços próprios para fomentar o lado lúdico, estimulando a criatividade, o entrosamento e os experimentos coletivos para além da sala de aula, como nas brinquedotecas, refletem diretamente no desenvolvimento estudantil.
Nesse sentido, os espaços específicos das brinquedotecas amplificam os reflexos positivos das brincadeiras e das experimentações, contribuindo não só com os desenvolvimentos e no auxílio do aprendizado de maneira lúdica, como também no incentivo da sociabilidade e das experiências múltiplas entre as crianças. Na estrutura física das brinquedotecas, inclusive, é possível incentivar o lúdico através de ambientes cenográficos temáticos (como postos de gasolina, quiosques, pet shop, casinha, mercadinho, comércio ou até de profissões), propiciando, assim, uma experiência imersiva e próxima da rotina dos estudantes.
De acordo com Sabrina Andréa de Oliveira, consultora de recreação infantil, a brinquedoteca também pode ser um estímulo para entreter a nova geração de estudantes altamente conectados. “Desenvolver atividades lúdicas é importante, principalmente, para desconectar os estudantes da internet e das redes sociais, que atualmente são utilizadas de forma demasiada, além de estimular habilidades, resistência, disciplina e atenção”, afirma.
ATIVIDADES
Atividades e projetos interdisciplinares que contemplem a Base Nacional Comum Curricular, atividades específicas em datas comemorativas, contação de estórias, fantoches, pinturas, gincanas e acampamento são algumas das indicações que podem ser trabalhadas no espaço. “Leituras lúdicas, mini apresentações de teatro, atividades recreativas, jogos interativos, circuito de desafios (playgrounds com obstáculos), dependendo da proposta pedagógica da escola”, diz a consultora, completa as possibilidades.
FAIXA ETÁRIA
A partir de 2 anos, diz Sabrina, quando a criança já tem certa independência e autonomia para se locomover, já é possível frequentar a brinquedoteca. “Crianças menores também podem utilizar o espaço, necessitando de supervisão permanente”, completa. A atenção com a faixa etária também deve estar presente na escolha dos brinquedos e dos playgrounds para o espaço, sobretudo os níveis de obstáculos e os componentes dos brinquedos.
E para as gestoras e os gestores que desejam criar uma brinquedoteca atrativa, a consultora indica: “Observem quais atividades ou práticas as crianças têm um maior desenvolvimento e prazer em desempenhar, para que seja um ambiente que elas gostem de estar e se divirtam, além dos aprendizados propriamente”. (RP)
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Sabrina Andréa de Oliveira – sabrina.andrea@gmail.com