*Por Sávio Grossi
Um dos grandes males da convivência escolar tem sido o bullying. Crianças e adolescentes aguentam calados ao sofrer esse tipo de agressão. Seja por medo dos agressores ou por vergonha, muitos optam por não revelar para seus pais e professores o bullying. Essa insegurança e medo acaba interferindo no comportamento e na maioria dos casos se torna prejudicial também aos estudos.
Ao descobrir o bullying, pais e escolas devem atuar em conjunto. Quanto mais rápida essa descoberta, menos traumático pode ser o resultado. Muitos pais são surpreendidos ao saberem que seus filhos sofrem “perseguições” físicas ou morais. Por isso a necessidade de uma boa comunicação entre escola e pais é fundamental.
Pensando nesse cenário, separei três dicas para ajudar a identificar e diminuir o bullying em sala de aula:
– Como escola e pais podem identificar o bullying
A primeira medida para identificar se um aluno está sofrendo agressões verbais e até físicas na escola, é observar seu comportamento. Jovens que passam todo o tempo sozinhos e que ficam mais agressivos em casa, por exemplo, podem estar enfrentando algum problema no ambiente escolar.
É necessário que tanto pais como educadores observem atentamente e caso seja identificada alguma anormalidade, passem a comunicar uns aos outros as suas impressões por meio de um telefonema ou marcando um encontro na escola. Além das reuniões, as instituições de ensino ainda podem promover palestras e workshops sobre o tema para ajudar os pais a identificar casos de bullying e resolver o problema da forma mais saudável possível.
– O papel do professor e o dos pais
Dentro da sala de aula os professores podem abordar o bullying a partir de exercícios e atividades que incluam a todos. Quando surgir um caso, o educador deve repreender imediatamente e convidar os pais dos envolvidos para um bate-papo. Os pais devem mostrar com atitudes a importância do respeito e passar a segurança de que seus filhos podem contar com eles para qualquer problema na escola. Adolescentes, no geral, ficam mais envergonhados e por isso o diálogo pode ser mais complicado.
Quando identificar um caso, os pais não devem simplesmente tirar o aluno da escola, mas propor uma conversa com os professores para entender o que está acontecendo. Nem sempre o bullying é realmente um bullying, pode ser um simples caso de implicância, fácil de resolver a partir de uma conversa.
– Estimular o diálogo é importante
Prestar atenção no que as crianças e adolescentes dizem é extremamente importante. Muitas vezes eles têm dificuldade de se expressar ou preferem dar indiretas para que alguém perceba que estão passando por algum problema, por isso é relevante estimular o diálogo.
Pais e professores precisam se mostrar disponíveis. O que acontece em alguns casos é que os adultos estão tão envolvidos com os problemas cotidianos que não param para conversar com os filhos. É interessante que pais e professores se reúnam para dialogar com os alunos usando uma linguagem próxima a deles. Os mais introvertidos podem ser estimulados a se expressar de outras formas, como por meio de desenhos, por exemplo.
Por fim, ressalto que os pais devem estar sempre em contato com a escola, o que pode acontecer por meio de reuniões, festas, palestras, entre outras atividades. Só assim conseguirão identificar o comportamento de seus filhos e saber se suas queixas realmente procedem. O bullying é caso sério e pode afetar os estudos e a vida social do aluno, por isso o trabalho em conjunto é tão importante.
*Sávio Grossi é CEO e fundador da Pertoo, uma solução que permite que professores e instituições de ensino possam comunicar de forma simples com os alunos e os pais dos alunos. Por meio da ferramenta professores compartilham informações sobre o processo de desenvolvimento dos alunos, marcam avaliações, enviam recados e compartilham diversos tipos de conteúdos de forma simples e fácil, aproximando os pais no processo de educação escolar e mudando a forma de comunicação entre mestres e pais