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Dica – A escolha do piso ideal

Matéria publicada na edição 110 | Agosto 2015- ver na edição online

Por Rafael Pinheiro

Quando lançamos um olhar sobre a educação e observamos seus densos compromissos com a qualidade, a aprendizagem e as tarefas diárias que envolvem milhares de crianças e jovens diariamente, nos atentamos, em grande parcela, a evolução intelectual, motora e social acompanhado por professores e gestores nas múltiplas instituições de ensino.

A estrutura escolar, composta por uma extensa listagem de exigências, aponta caminhos que podem ser atrelados para alcançar um nível alto de conforto e segurança a seus alunos nos espaços físicos – que são extremamente relevantes observar e garantir maneiras de viabilizar acessos nos espaços internos e externos do colégio.

Atualmente, existem no mercado uma infinidade de tipos de pisos escolares que suprem necessidades deste segmento, como: resistência ao tráfego de pessoas, conforto térmico e acústico, facilidade de limpeza e conservação do revestimento, design apropriado e facilidade de instalação e reposição.

O primeiro procedimento que se deve ter em relação a especificação do piso a ser usado em uma escola é saber exatamente em que áreas o produto será assentado e, por consequência, o tipo de público que fará uso desse material. “Essas informações são necessárias já que existem diversas áreas distintas em uma escola que vão desde o ambiente de sala de aula em que a condição de uso deve atender a questões como resistência mecânica, facilidade de limpeza e estética até áreas externas em que a necessidade é de oferecer segurança ao caminhar dos alunos para que não ocorram acidentes ou danos ao usuário”, afirma Anderson Patricio, Coordenador de Garantia de Qualidade.

Áreas como salas de aula, quadras, bibliotecas e brinquedotecas exigem revestimentos com extrema durabilidade e que proporcionem o conforto visual necessário à concentração, já que a linguagem estética influencia com teor significativo na aprendizagem. A escolha do revestimento adequado contribui para a criação de ambientes aconchegantes e seguros aos alunos de todas as idades.

A arquiteta Claudia Mota afirma que as “áreas que são frequentadas por bebês e crianças de até 4 anos merecem atenção especial na escolha dos revestimentos. A utilização de pisos antibacterianos e antiderrapantes garantem a segurança dos pequenos. ​Para todas as idades a manutenção é uma questão importante, os revestimentos de piso escolhidos devem ser fáceis de limpar​”.

ÁREAS INTERNAS

De acordo com o Coordenador de Garantia de Qualidade, Anderson Patricio, para áreas internas, recomenda-se produtos com maior facilidade de limpeza, já que existe uma grande circulação de pessoas nas mais diversas condições de uso. “Do mesmo modo que o produto precisa ter uma excelente resistência mecânica, pois o tráfego de alunos normalmente é sempre muito grande, além do esforço contínuo do arrastar de cadeiras, carteiras e outros móveis destinados ao ensino por alunos e professores”.

Os pisos vinílicos, feitos em PVC, são versáteis e com excelentes opções no mercado. Possui boa absorção do som, no calor não aquecem demais (como os carpetes) e no inverno são mais acolhedores que os pisos frios (como o porcelanato). A instalação é rápida, fator importante no ambiente escolar, já que o recesso acontece em curto prazo e a reforma/instalação do piso deve ocorrer dentro desse período, sem prejudicar o retorno às aulas.

ÁREAS EXTERNAS

“​Nas áreas externas o piso deve ser antiderrapante. Essa característica é fundamental e não pode ser esquecida de forma alguma, a segurança deve ser total. Entre os pisos antiderrapantes temos os de borracha, os de cerâmica, as pedras com acabamento apicoado ou levigado, entre outros. A escolha de qualquer uma dessas opções pode ser feita se baseando no uso do espaço e no orçamento disponível”, ressalta a arquiteta Claudia.

Segundo a arquiteta, Os pisos cerâmicos possuem uma classificação específica à abrasão, o chamado índice PEI (Porcelain Enamel Institute). Nesta classificação, de 0 a 5​, quanto menor o número, menor é a resistência. Consequentemente, quanto maior, melhor será a capacidade do piso para suportar as intempéries do tempo e o tráfego de pessoas. Sendo assim, em áreas de grande movimento, o ideal é que sejam utilizados com índice PEI 4 ou 5​, são pisos com preços mais elevados, mas que se pagam por conta da grande durabilidade.

Para pátios, o ideal é usar produtos com elevada resistência ao escorregamento para evitar quedas e acidentes, “de preferência pisos com relevo para evitar que as pessoas deslizem com facilidade e que sejam de cores escuras ou mais próximas as cores do entorno da escola, pois com se trata de produtos mais resistentes ao escorregamento, certamente exigirão muito mais esforço para proceder com a limpeza e isso pode comprometer a estética do produto”, destaca Anderson.

Outro fator importante que deve ser observado, principalmente na escolha do piso adequado para cada área específica da escola, é a manutenção e limpeza. ​De acordo com Anderson, a manutenção fica a cargo do tipo de uso a que o produto está sendo submetido. Normalmente, o ideal é que ao menos uma vez por semana o piso seja lavado com detergentes e produtos que promovam uma boa limpeza da superfície do produto de modo a retirar toda sujeira impregnada evitando, assim, possíveis manchas e aumentando a vida útil do material.

O recesso escolar é o melhor período para limpezas mais profundas nos revestimentos de pisos como polimentos e lavagens de pedras com produtos e máquinas específicas. “Quanto à manutenção básica, esta deve ser feita sempre que necessária. Em áreas como cozinha e banheiro a limpeza deve ser constante​ ​a fim de manter o ​padrão de higiene exigido pelos órgãos competentes bem como a saúde de alunos e funcionários”, diz a arquiteta Claudia.

É possível, através dos pisos, criar um ambiente confortável, seguro, esteticamente atraente, livre de proliferação de doenças e bem revestido. “O ideal é trabalhar com produtos elaborados com resina atóxica, pigmentos naturais e densidade controlada para maior segurança e sem emendas ou rejuntes”, afirma Ricardo Artioli, responsável por uma empresa especializada em pisos.

A escolha do piso afeta diretamente a qualidade das atividades desenvolvidas e, assim, a concentração, o aprendizado, a segurança e seus desdobramentos. “Pisos bem escolhidos criam uma unidade entre todos os ambientes da escola, as cores auxiliam na identificação das áreas comuns e das salas de aula, a limpeza é facilitada e os alunos sentem-se mais acolhidos”, finaliza Claudia.

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