Matéria publicada na edição 96 | Março 2014 – ver na edição online
Os filhos nascem e só necessitam do leite materno para sua alimentação. Durante o processo de desaleitamento materno, iniciamos os cuidados, passados por um pediatra, quanto à dieta do bebê. Sopinhas, papinhas, frutas, sucos, chás, tudo para uma alimentação saudável e rica em nutrientes. Após alguns anos, a criança começa a descobrir novos alimentos, escolhendo sabores. Gosto disso, disso eu não gosto. Quero isso, não quero aquilo. É um desafio para os pais manterem seus filhos dentro de padrões alimentares saudáveis. E quando inicia a fase escolar esse fato pode se agravar dependendo do que a escola tem a oferecer neste sentido.
Já era o tempo em que os chamados junk food imperavam nas cantinas, hoje existe uma preocupação, por parte dos Gestores, em proporcionar alimentos atrativos para o paladar infantil sem deixar a desejar no campo nutricional. E para as crianças que estudam em período integral, a preocupação dos pais é ainda maior, pois seus filhos passarão a maior parte do tempo na escola e sua alimentação se dará quase que completamente lá. Algumas escolas optam por preparar suas refeições no próprio local, como é o caso do Colégio Mary Ward, localizado no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, como aponta César Marconi, Diretor Pedagógico do Colégio “Para as turmas que frequentam a proposta do período integral, portanto, que ficam no colégio o dia todo, são servidos café da manhã, almoço e lanche da tarde. Para garantir uma boa alimentação de nossos alunos, todas as refeições são preparadas no dia por uma cozinheira contratada pelo colégio. Além de seguir o cardápio elaborado por uma nutricionista. Procuramos oferecer uma alimentação de qualidade, é possível consumir de tudo, mas em quantidades adequadas. A comida é servida fresquinha e como a coordenadora do integral faz esse acompanhamento diariamente, incentivando a boa alimentação com projetos sobre alimentação saudável, as crianças acabam se alimentando muito bem e os pais agradecem”.
Mas para as escolas que optam pela terceirização também há excelentes fornecedores que dão conta do recado e trabalham diariamente para atender a demanda com qualidade, como nos conta Julio Cesar Salles, Diretor de rede no ramo de alimentação escolar contendo 153 unidades distribuídas pelo Brasil “Servimos uma média de 23.000 refeições diárias em toda rede, sendo 107 unidades comercializando refeições diariamente. Preparamos as refeições nas próprias unidades. Os fornecedores têm que possuir pontualidade de entrega, preços compatíveis, qualidade e variedades. Este é o nosso foco. Temos um consumidor com perfil de consumo que acompanha o hábito alimentar saudável. Através da assessoria nutricional formatamos cardápios que venham atender as restrições que surgirem. Procuramos fazer um trabalho de reeducação alimentar em parceria com o setor pedagógico da instituição. Administramos cantinas com poder aquisitivo A, B e C, acompanhamos o perfil da escola, possuímos hoje diversos fornecedores que nos proporcionam uma maior variedade de produtos saudáveis, fato que não existia há 3 anos atrás, incentivamos o consumo de sucos com preços mais atraentes, somente comercializamos salgados de forno, a comercialização de refrigerantes se da somente com o pedido da direção em manter a comercialização do mesmo”.
A nutricionista do Colégio Joana D’ arc, Valéria Escobar Santos conta que são servidas 200 refeições diárias, e a preocupação com as restrições alimentares não dizem respeito às calorias, que pode acontecer no caso de obesidade, mas principalmente dizem respeito aos efeitos que determinados alimentos, em função de seus nutrientes, causam naquela pessoa. É necessário restringir o consumo daquele alimento para que o organismo restabeleça seu equilíbrio e os resultados esperados aconteçam. O nutricionista serve de mediador neste processo de saúde. A orientação nutricional deverá atender às necessidades nutricionais e aproximar-se ao máximo do estilo de vida e paladar do paciente.
E para finalizar, as Orientadoras da Educação Infantil e Período Integral, Cristiane Moura e Renata Moraes, do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida, enfatizam que para a escolha de fornecedores é importante observar a qualidade dos produtos e a pontualidade na entrega. E contam que foi contratada uma empresa terceirizada para preparar as refeições dentro do colégio e que apesar da terceirização é essencial acompanhar de perto a origem, o armazenamento e preparação dos alimentos. Defendem que a terceirização pode ser uma ótima opção já que o colégio atende um número muito grande de estudantes, e por isso, precisam de pessoas qualificadas para gerenciar a rotina alimentar: preparação do cardápio, compra dos alimentos com os fornecedores, supervisão da cozinha, limpeza e preparação, dieta nutricional diferenciada para crianças alérgicas, entre outros.
Saiba mais:
César Marconi cesar@colegiomaryward.com.br
Julio Cesar Salles cantinasdotiojulio@ig.com.br
Valéria Escobar Santos cantina@colegiojoanadarc.com.br
Cristiane Moura cristiane.moura@acf.org.br