A escola é, sem dúvida alguma, o espaço onde as crianças passam o maior tempo durante o dia. Partindo desse pressuposto, é interessante – e necessário – promover uma interação e uma vivência pautada na proteção de forma plural, principalmente no que tange a saúde, ampliando a toda a comunidade escolar: alunos, professores e funcionários.
A gestão escolar percorre todos esses mecanismos, projetando, na escola, um programa diário e intenso pautado na saúde completa de toda a instituição. Realizar manutenções preventivas, aprimoramento técnico e visitas especializadas para a checagem geral da estrutura, é de extrema relevância, principalmente quando o assunto envolve pragas urbanas.
“Algumas características favorecem o aparecimento, instalação e aumento populacional de pragas, como acúmulo de lixo (que deve ser bem amarrado e condicionado em lixeiras), alimentos (devem ser mantidos e manipulados de forma cuidadosa e higiênica, bem embalado e evitando qualquer tipo de contato com o chão), além de encanamentos, atraídos pela luz, caixas d’água, sujeira, restos de materiais acumulados, locais quentes e úmidos, ralos sem tampas, poço de elevador, frestas e vãos de parede e teto”, sinaliza o biólogo José Celso Amorim.
A preocupação com toda a estrutura escolar deve ser mantida diariamente, averiguando com cautela as plantas, o playground (principalmente em relação a roedores (urina e fezes), fezes de gatos (principalmente devido aos pombos), a estocagem de alimentos e mantendo a limpeza em todas as salas, paredes, balcões e prateleiras. De acordo com o biólogo, um ponto crucial é a observação de áreas externas, como jardins, área propícia para aranhas, taturanas, lagartas, escorpiões, besouros e formigas. “É interessante, caso o colégio possua áreas externas, como hortas ou jardins, examinar com certa frequência e manter sua devida limpeza. Já nas áreas de recreação, espaço dos playgrounds que geralmente possuem caixas amplas com areias, manter plásticos ou lonas fechando as caixas, evitando, assim fezes de ratos, gatos ou pombas. E, sempre que possível, realizar esterilização com empresas especializadas”.
E, caso seja detectada alguma praga, o cuidado é redobrado, solicitando, assim, a intervenção de uma empresa especializada, seguindo algumas recomendações, como: empresa com registro na Vigilância Sanitária, contratação de empresa idônea, verificação de referências, se há entraves judiciais ou registros de queixas no PROCON e conferir se os produtos inseticidas utilizados são registrados e com aval técnico-científico comprovado. “Indicamos o período de férias, ou seja, julho, dezembro e janeiro para a aplicação de produtos químicos. Ou, em alguns casos, nos finais de semana, já que a ausência de funcionários e alunos no local é obrigatória”, finaliza o biólogo. (RP)
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José Celso Amorim – josebioamorim@hotmail.com