Matéria publicada na edição 113 | Novembro 2015- ver na edição online
Por Rafael Pinheiro
O espaço físico de uma instituição escolar – tanto interno como externo, representa uma dimensão densa e complexa que envolve, além das propostas pedagógicas, atenção e acompanhamento dos alunos, prevenção de acidentes, saúde de toda a comunidade escolar, higienização e prevenção de qualquer praga urbana que possa circular entre crianças, jovens e funcionários.
Existem diversos meios para se controlar pragas urbanas e, para cada grupo, há métodos e produtos inseticidas apropriados, bem como procedimentos que amenizam, diminuem ou previnem seu aparecimento. “Manter o lixo em lugar adequado e recolhe-lo diariamente, manter alimentos em locais apropriados (dentro de caixas fechada, em armários, etc.), caixas d’água periodicamente deverão ser limpas e averiguadas (devidamente tampadas e/ou teladas), manter ralos e calhas limpas, manter áreas livres de entulhos (tijolos, madeiras, lixo de modo geral) no interior da escola e em seu entorno, dentre muitas outras, são atitudes positivas para o não surgimento de pragas”, destaca Francisco José Zorzenon, biólogo, pesquisador científico e diretor da Unidade Laboratorial de Referência em Pragas Urbanas do Estado de São Paulo.
A preocupação com toda a estrutura escolar deve ser mantida diariamente, averiguando com cautela as plantas, o playground (principalmente em relação a roedores (urina e fezes), fezes de gatos e principalmente devido aos pombos), a estocagem de alimentos e mantendo a limpeza em todas as salas, paredes, balcões e prateleiras. E, caso seja detectada alguma praga, o cuidado é redobrado, solicitando, assim, a intervenção de uma empresa especializada.
“Para a contratação de serviços, verifique se a empresa possui boas referências no mercado, se não há entraves judiciais, registros de queixas no PROCON e principalmente se a empresa é registrada, com alvará de funcionamento e dentro das normas da Vigilância Sanitária de sua cidade”, indica Francisco.
O biólogo destaca algumas recomendações no ato da contratação de uma empresa que realiza o controle de pragas, como: Exija a presença de um profissional de nível superior supervisor no ato da vistoria ou do tratamento. Solicite o registro da empresa junto a Vigilância Sanitária, se necessário; Fuja de produtos inseticidas não registrados e sem aval técnico-científico comprovado; Normalmente, em tratamentos convencionais utilizando-se produtos químicos, a ausência dos moradores ou frequentadores do local tratado é obrigatória. O tempo de ausência variará dependendo do grau de sensibilidade de cada indivíduo e do tipo de desinfestação (aproximadamente 48 a 72 horas para controle de cupins, brocas e entre 8 a 12 horas para controle de baratas, mosquitos, etc.).