Matéria publicada na edição 67 | Abril 2011
Com 16 anos de vida, o Grupo Dom Bosco, mantenedor de quatro escolas de educação básica na região do Mandaqui, zona Norte de São Paulo, alugou e reformou em todo este período diferentes tipos de imóveis com vistas a ampliar as suas instalações e atender a uma demanda sempre crescente de estudantes. Iniciado como uma pequena escola de Educação Infantil e hoje com mais de mil alunos, o Dom Bosco adaptou um shopping desativado e uma antiga fábrica com 1.750 metros quadrados de área construída. No primeiro, pôde aproveitar o forro feito à base de isopor, pois este oferece isolamento térmico e acústico para os ambientes transformados em salas de aula. Já no segundo, a mantenedora teve que providenciar a instalação do mesmo tipo de material para garantir um pouco de conforto aos alunos.
Segundo o diretor administrativo da instituição, Marcelo Rodrigues, antes que uma instituição escolha um imóvel para adaptá-lo como escola, deve ficar atenta a três cuidados. Em primeiro lugar, observar se a estrutura comporta modifi cações, como a remoção de paredes. “As escolas têm necessidades especiais e difi cilmente se encontra uma edifi cação que atenda a todas elas”, justifi ca Marcelo. Neste quesito, é importante ainda verifi car se o prédio atende a normas mínimas de acessibilidade, como a altura dos degraus, a largura das escadas, entre outros. Um segundo cuidado é “fazer um croqui do que se pretende e contratar um arquiteto para ver se as modifi cações são viáveis”, diz. Finalmente, é preciso decidir quais os materiais serão utilizados, considerando-se o custo, o desempenho e a facilidade ou não de instalação. “É a parte mais chata”, comenta Marcelo, que teve que optar pelo uso do drywall como divisória entre as salas na antiga fábrica, “pois era a opção mais rápida e barata que tínhamos no momento”.
Entretanto, a divisória não oferece bom desempenho acústico e traz custos mais elevados de manutenção, pondera o diretor. O Grupo Dom Bosco decidiu então diminuir o número de alunos nesta unidade “para melhorar o conforto geral do espaço”, remanejando-os para as demais. Segundo a arquiteta Guiomar Leitão, o mercado já oferece soluções em drywall com tratamento acústico e com tecnologia que neutraliza os odores. “A indústria está desenvolvendo cada vez mais os materiais pensando na saúde”, afirma Guiomar. Na verdade, orienta a arquiteta, qualquer tipo de intervenção, de divisórias a pisos, passando pelos forros, deve considerar o desempenho térmico e acústico, a acessibilidade, a adaptação às demais instalações, especialmente as elétricas, e a harmonia estética.
Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, o material fabricado hoje no Brasil “cumpre todos os requisitos de acústica, resistência mecânica e comportamento ao fogo expressos na Norma de Desempenho de Edifi cações” (a NBR 15575/2010, da Associação Brasileira de Normas Técnicas). A própria ABNT estabeleceu uma norma (a NBR 15758/2009) para o drywall e, conforme explica a Associação, todas as paredes montadas em conformidade com esta NBR, das mais simples e de menor espessura às mais estruturadas, atendem ao desempenho mínimo exigido. (R.F.)
Saiba mais
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE CHAPAS PARA DRYWALL
www.drywall.org.br
GUIOMAR LEITÃO
www.glbprojetos.com
guiomar@glbprojetos.com
MARCELO RODRIGUES
marcelo@grupodombosco.com.br