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Dica – Ergonomia: Saúde e Bem Estar

Matéria publicada na edição 120 | Agosto/2016 – ver na edição online

Por Rafael Pinheiro

O ambiente escolar é, sem dúvida alguma, o espaço onde as crianças passam o maior tempo durante o dia. Promover um ambiente de interação saudável que integre o cotidiano escolar é uma tarefa longa e árdua, repleta de preocupações que envolvem aspectos organizacionais, físicos, mobiliários e tangíveis que impactam diretamente a relação do aluno com o aprendizado.

A ergonomia, um dos estudos que influenciam a adaptação do homem ao trabalho, pode ser definida como “uma forma de conhecer as necessidades em ajustes para que se trabalhe com mais saúde, mais conforto e maior eficiência; para isso utilizamos a legislação brasileira (NR 17 – Portaria 3751) e normas internacionais como referência”, diz Kamilla Sartore, fisioterapeuta e diretora de uma empresa especializada em prestação de serviços de saúde preventiva.

Pensando esses conceitos para o ambiente estudantil, os ajustes ergonômicos, conta Kamilla, pode ser direcionado ao professor que atua em pé pelo maior período da jornada com os braços elevados para escrita, além da fadiga mental gerada pela necessidade de concentração e relacionamento, como também pode ser direcionada aos alunos que, por exemplo, possuem medidas corporais diferentes e deve ser disponibilizado o mobiliário adequado para seu conforto e desempenho.

“As crianças podem desenvolver doenças traumatoortopédicas (desvios em coluna, lesões em punhos, …) por sustentarem mochilas pesadas como também por muitas vezes se curvarem na mesa para escrita, permanecerem com as pernas excessivamente dobradas em cadeiras e mesas baixas, fadiga visual devido a iluminância inadequada, dentre outros”, destaca a especialista.

Para garantir uma ergonomia educacional, com contribuições significativas ao rendimento do aluno e a qualidade do trabalho do professor, é necessário observar e acompanhar certas ações, que podem ser tomadas pelo próprio gestor ou mantenedor da instituição. De acordo com a especialista, a escola deve realizar a análise ergonômica de seus professores e criar o diagnóstico ergonômico, saber a realidade atual em relação a ergonomia, após o levantamento diversas recomendações podem ser geradas e deve-se montar um cronograma de ação para atuação, podendo ocorrer ajustes em mobiliário, ambiente (iluminação, temperatura, ruído), organizacional (jornada de trabalho, pausas, orientações, relacionamentos, metas).

“Em relação aos ajustes para os alunos o melhor é investir em carteiras escolares com regulagens que se ajustam ao perfil físico de diversas faixas etárias, estudar o melhor layout para disposição de mobiliário conforme perfil da sala (disposição de janelas, lâmpadas, quadro) e gerar orientações posturais para conscientização corporal e entendimento sobre equipamentos utilizados (mochila, cadeira, bolsas, uso de celulares, como dormir, tipo de colchão, tipo de travesseiro)”, finaliza.

Saiba mais:

Kamilla Sartore – posturar@posturar.com.br

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