Matéria publicada na edição 23 | dezembro 2006 – ver na edição online
Importante para a saúde da edificação 
Infiltração de água numa edificação sempre é sinal de problema. Além de danos à estrutura predial, já que infiltrações contínuas corroem as armaduras da edificação, a presença da umidade nos ambientes causa problemas de saúde (especialmente processos alérgicos em crianças e idosos) e um péssimo aspecto físico à construção. “A água nas edificações pode ser uma grande fonte de problemas. E a impermeabilização é fundamental para proteger o imóvel”, explica o engenheiro André Fornasaro, presidente do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI).
Segundo o manual “A saúde dos edifícios”, elaborado pelo Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo) e pelo Ibape/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo), as impermeabilizações são as proteções das edificações contra a penetração indesejável de águas das chuvas, das águas utilizadas em manutenções de limpeza predial, da umidade dos solos ou das terras de jardinagem. São proteções imperceptíveis a olho nu, já que se localizam sob pisos e revestimentos. Geralmente encontram- se instaladas em lajes de pisos, em paredes, nas fundações, em reservatórios de água, jardineiras, floreiras e caixas de coleta de águas servidas.
“Há um grande desconhecimento do consumidor em relação à impermeabilização, que é a única atividade na construção civil que implica em segurança, estabilidade, conforto e estanqueidade”, afirma o engenheiro André Fornasaro, presidente do Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI). Os materiais impermeabilizantes são classificados em rígidos e flexíveis. Os materiais rígidos (caso dos concretos e argamassas impermeáveis, cimentos e argamassas poliméricas e cimentos cristalizantes) são usados do nível do térreo para baixo, ou seja, em áreas que não se movimentam. Já os flexíveis podem ser aplicados em locais expostos à dilatação, como lajes, reservatórios, piscinas e jardineiras: são os materiais asfálticos, os elastoméricos e os plastoméricos.
Vários fatores podem comprometer e diminuir a vida útil desses materiais, como a qualidade e especificações do material apropriado para cada situação, ataques de cupins subterrâneos, trânsito de veículos e cargas sobre a laje impermeabilizada, movimentação excessiva da laje ou estrutura, entre outros. Vale lembrar que o sistema de impermeabilização não é passível de manutenção preventiva. Qualquer intervenção será de caráter corretivo.
No entanto, é possível tomar precauções para não danificar ou comprometer o sistema, segundo o livro “Inspeção Predial”, editado pelo Ibape/ SP: não utilizar máquinas de alta pressão para limpeza de reservatórios; não usar produtos químicos não recomendados na lavagem de revestimentos em geral; não executar perfurações em lajes ou locais impermeabilizados para fixação de antenas, hastes de pára-raios, equipamentos de playground, rufos, postes, etc.