Matéria publicada na edição 119 | Junho-Julho/2016 – ver na edição online
Por Rafael Pinheiro
O tradicionalismo pedagógico, composto por diversas matérias lecionadas e inúmeras horas acomodados em salas de aula, começa a abordar mecanismos para desviar desse panorama que, com o advento tecnológico e a busca incessante por um conhecimento dinâmico e diferenciado, reforçam gradativamente uma nova postura com relação ao modo de ensino e seus devidos desdobramentos.
O ato de conhecer, enraizado em experiências peculiares e coletivas, destaca uma importância que transcende as salas de aula e instaura-se no convívio coletivo, em aulas diferenciadas e na oportunidade de expressar o aprendizado na prática. Pensando em novas propostas pedagógicas, o Colégio Marista Arquidiocesano, situado no bairro da Vila Mariana, região sul de São Paulo, encontrou na criação de laboratório de química um caminho para novas perspectivas.
“O laboratório surgiu a partir da necessidade de os alunos vivenciarem na prática conceitos teóricos ou vice-versa”, diz José Gomes, Professor de Química Aplicada e Químico Responsável pelo Laboratório do colégio. Assim, o laboratório recebeu equipamentos de acordo com a “demanda que os professores tinham para realizar seus primeiros experimentos. Com o decorrer dos anos, com o advento tecnológico e com o surgimento de novas demandas, outros equipamentos foram sendo adquiridos”.
Quanto à metodologia das aulas, conta o professor, os alunos recebem um roteiro que deve ser entregue ao final da atividade, além de receber instruções teóricas sobre o assunto que será abordado, algumas observações para a condução do experimento e instruções de segurança. No roteiro, o aluno irá desenhar os materiais e equipamentos utilizados, dando nome a eles, relatando observações e elaborando hipóteses para explicar os fenômenos ocorridos.
“Ao final dos experimentos, momento em que há a produção de lixo químico, os alunos recebem instruções para tratar os resíduos produzidos em aula. Caso o tratamento não seja possível, o resíduo é acondicionado para o posterior tratamento e, assim, os alunos tomam ciência da necessidade da preservação do meio ambiente, não fazendo o descarte de resíduos tóxicos diretamente no esgoto”, revela Gomes.
A relação estabelecida entre aluno-professor no contexto da aula prática, ressalta um desenvolvimento privilegiado da formação de cada aluno, que agrega, tanto na disciplina em questão (aqui tratada a disciplina de química), como em toda a grade curricular. “Nas aulas, podemos observar muito comprometimento e cordialidade dos alunos, criando um ambiente bastante amistoso e favorável ao aprendizado”, completa o professor. (RP)
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José Gomes – arqui@colegiosmaristas.com.br