Matéria publicada na edição 122 | Outubro /2016
Por Rafael Pinheiro
A estrutura física escolar, tanto externa como interna, é o local onde pousamos nosso olhar em um primeiro momento. E, esta mesma estrutura, que carrega o histórico escolar, estética, equipamentos, espaços de socialização e trabalho de aprendizagem, influencia diretamente no bem estar físico, psicológico e seguro que uma instituição oferece cotidianamente.
Para garantir um convívio tranquilo e seguro para alunos e funcionários, a visitação técnica periódica, bem como a observação de áreas ou instalações que merecem reparos e consertos, deve existir com frequência. A manutenção predial preventiva é um dado de realidade, incluindo, assim, coberturas, pinturas, revestimentos (pisos, paredes e forros), instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias e de incêndio.
Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Anhanguera Vila Mariana, Enrique Staschower, a manutenção preventiva deve ser prioridade para o gestor escolar, “já que obras, reformas e consertos no período escolar são prejudiciais no ambiente acadêmico, além de ser um risco desnecessário a alunos e funcionários. Verificações periódicas das instalações elétricas e hidráulicas evitam imprevistos, principalmente quando há um excesso de demanda ou usos indevidos. Checagem contínua nos equipamentos de segurança e prevenção de incêndio – seja extintor, hidrante, mesmo com o treinamento das equipes voluntários e socorristas”.
Vistorias de prevenção, conta o coordenador, devem ser uma constante, portanto dividir as equipes de manutenção por setores, a serem analisados periodicamente, em sistema de constantes atenção e verificação, deveria ser uma rotina – é conveniente manter um registro organizado em checklist de cada setor por cada período de vistoria, desta forma seria possível mapear as áreas de maior desgaste e aprimorar os equipamentos, onde haja maior frequência de reparos.
Além dos destaques técnicos e vistorias especializadas para propor uma instituição organizada, estruturada e arrojada, é importante atravessar estes aspectos técnicos-administrativos e incorporar, dentro do processo de aprendizagem, valores humanistas e de conservação do patrimônio.
“A comunidade escolar deve desenvolver o sentido de pertinência, do contrário não seria uma comunidade, portanto atitudes de atenção aos problemas seriam um estimulo a este sentimento. O gestor escolar deve colocar esta colaboração externa como uma de suas metas, já que em épocas de crise, como a atual, atenção a desperdícios e perdas desnecessárias são sangrias e desgastes entre funcionários e alunos”, destaca Enrique. Assim, a precaução deve adentrar a rotina de todo gestor escolar, para evitar qualquer problema emergencial e, também, para estimular a conscientização de conservação do patrimônio e o sentimento de pertencimento da comunidade escolar. (RP)
Saiba mais:
Enrique Staschower – enrique.staschower@anhanguera.com