Matéria publicada na edição 39 | Junho e Julho 2008 – ver na matéria online
Distâncias sem limites
É possível viajar por terras distantes sem sair da sala de aula? Sem dúvida, desde que o professor tenha acesso a material didático adequado, especialmente mapas e globos. Para Evelin Barbieri Neves, professora de geografia do Colégio Global, localizado na zona oeste de São Paulo, mapas e globos são essenciais para todas as faixas etárias. Ela frisa que mesmo para alunos do Ensino Fundamental I, fase em que a geografia está sendo introduzida e quando as crianças ainda não têm total domínio da leitura e escrita, esses recursos são de vital importância para a construção de conceitos. “É preciso, contudo, partir de mapas com significado para esses alunos. Por exemplo, mapear a sala de aula, as dependências da escola, construir com os alunos mapas do tesouro e atividades que envolvam o lado lúdico, para que as crianças entendam a utilização prática desse tipo de material”, constata a professora, que há pelo menos 10 anos leciona geografia para séries do Fundamental II e do Ensino Médio, e que reúne outros 15 anos de experiência em salas do Fundamental I como professora polivalente. Com base em sua experiência, ela afirma que quanto mais os mapas e globos estiverem disponíveis em sala de aula, melhor para os alunos. “Quanto mais as crianças tiverem contato, manusearem e se interessarem por esse material, mais ele se tornará significativo”, conclui.
Conforme Evelin, os mapas possibilitam aos professores múltiplos usos. Conforme o objetivo a ser alcançado, podem ser criados jogos utilizando mapas como tabuleiros, construir mapas para nortear viagens hipotéticas com roteiros criados pelos alunos a partir de conteúdos direcionados pelo professor, ou até construir globos com massinha de modelar. Além disso, mapas e globos podem ser utilizados de forma mais tradicional, para realizar consultas. “O importante é que o aluno tenha domínio desse recurso e entenda de que forma ele pode ser lido. Se o aluno não consegue realizar a leitura de um mapa, o material perde sua função como ferramenta de aprendizagem”, aponta.
O computador também oferece recursos fantásticos que podem ser aproveitados nas aulas de geografia, acredita Evelin. Porém, os recursos tecnológicos não substituem, na opinião da professora, o trabalho concreto com mapas e globos, principalmente nas séries iniciais. “Gosto muito de utilizar recursos multimídia em minhas aulas, mas considero de vital importância oferecer aos alunos todos os tipos de experiência. Por conta disso, procuro trabalhar com mapas oferecidos por livros e apostilas e, também, com mapas construídos com os alunos em sala de aula com o velho papel, lápis de cor e canetinhas”, diz. Evelin comenta que no Colégio Global há vários recursos à disposição e uma preocupação constante com a renovação do material. A professora revela que um dos projetos da escola é a criação de uma sala de geografia. “Será um espaço onde teremos ainda mais condições de desenvolver uma aprendizagem cheia de significado e parceria com nossos alunos”, aponta.