Matéria publicada na edição 26 | Março 2007 – ver na edição online
Para afugentar os intrusos
O alarme deve fazer parte do sistema de segurança da escola, tanto instalado no perímetro do imóvel, para avisar que houve uma invasão, como ligado a áreas internas vitais da escola, como tesouraria, secretaria e salas de informática. Os alarmes são ligados a sensores que, quando acionados por uma violação, enviam um sinal ao painel de controle, que faz soar uma sirene ou outro tipo de atuação conforme for programado. Se o alarme estiver acoplado a uma central de monitoramento, ela também receberá os sinais.
Para o consultor de segurança Florival Francisco Ribeiro, a função do alarme é avisar que uma área foi violada. “Especialmente em escolas grandes, o ideal é manter um corpo de seguranças e uma área de monitoramento de imagens gravadas pelas câmeras do sistema de circuito fechado de TV para que seja possível identificar quem violou o sistema”, avisa. No caso de monitoramento externo das imagens, só é possível saber da violação depois que alguém acionou um sensor e houve o disparo do alarme. Os tipos de sensores mais comuns são os magnéticos, utilizados em portas ou janelas, e os de infravermelho (passivo ou ativo). Também existem os botões de pânico, que podem ser com fio, sem fio ou fixos. Eles devem ficar em poder da segurança ou na sala da diretoria ou secretaria, para serem acionados em casos de emergência, disparando então o alarme.
Ribeiro, porém, destaca que a instalação de um alarme na escola deve incluir um estudo das áreas vulneráveis do estabelecimento. “Cada escola tem suas particularidades que precisam ser preservadas, como uma biblioteca com livros valiosos, salas de informática com equipamentos caros, e o departamento que possui o cadastro de alunos, por exemplo”, cita. Por isso, muito importante nas instituições de ensino são os sistema de controle de acesso. Um cartão magnético de controle de acesso define em que áreas um visitante pode entrar na escola. Se a pessoa entrar num ambiente para o qual seu acesso não está liberado, o alarme é disparado na central de monitoramento. Esse controle pode ser feito inclusive para os cartões de acesso dos próprios alunos.
É claro que, além dos equipamentos, vale sempre tomar alguns cuidados, especialmente em relação a prováveis pais que querem conhecer a escola. Se o visitante telefonar para agendar uma visita, é aconselhável avisar que a escola possui um sistema de segurança e que alguns dados serão solicitados na entrada. “É interessante que a escola divulgue essa sua preocupação com a segurança dos alunos”, diz Ribeiro.
Na portaria, deve-se solicitar ao visitante a apresentação de um documento, preferencialmente carteira de habilitação (segundo Ribeiro menos sujeita à clonagem do que o RG). “O funcionário da segurança deve dizer que é para o cadastro da escola. Essa menção normalmente assusta o bandido”, finaliza.