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Dica — Pisos Internos: Uma boa base

Matéria publicada na edição 93 | Novembro 2013 – ver na edição online

A Escola Vila do Saber atende alunos a partir dos quatro meses de idade. Localizada em Moema, zona sul da capital paulista, a escola está se adaptando justamente para dar prioridade ao Berçário em 2014. A instituição faz parte do Grupo Weducation, que engloba algumas das mais tradicionais escolas de São Paulo – o Colégio Internacional Ítalo Brasileiro, também em Moema, o Colégio Internacional EMECE (no bairro da Pompeia), e o Colégio Internacional Vocacional Radial (Unidades no Jabaquara e Santo Amaro). E, para os pequenos, conforto e segurança é fundamental. O piso escolhido é parte essencial para que a estrutura do colégio seja adequada aos bebês. “Tínhamos piso do tipo Paviflex. Mas o engenheiro responsável pela reforma que promovemos na casa nos orientou a colocar o piso de vinil, próprio para berçários. É de fácil manutenção e limpeza simples. Basta passar um pano úmido com produto antibactericida. Fica limpo e com brilho. A limpeza é diária e a faxina mais pesada, uma vez por semana”, conta Aglair Iara Tito Fraga, coordenadora pedagógica da Vila do Saber.

A educadora explica que a preocupação com o piso foi grande e que a escola optou por substituir um piso que se encontrava em bom estado pelo novo material, justamente para atender à necessidade dos bebês: “Eles engatinham e ficam no chão uma boa parte do tempo em que estão na escola. Hoje atendemos 32 crianças de até dois anos, que permanecem na escola por períodos de seis horas até o integral. Mas nossa previsão é em 2014 chegar a 50 bebês atendidos.”

Quando se trata da escolha do piso mais indicado para as áreas internas da escola, a faixa etária atendida pela instituição é um dos critérios que deve ser levado em conta na decisão. O arquiteto Rodrigo Freire argumenta que crianças que ainda não andam têm um contato mais direto com o piso, exigindo higienização constante. “As crianças maiores podem provocar danos arrastando móveis e derrubando objetos, portanto requerem pisos com bastante resistência. A performance acústica também deve ser levada em consideração. Materiais com características de muita reverberação, por exemplo os cerâmicos, podem contribuir para amplificar o barulho aumentando a irritabilidade e estimulando a desatenção”, orienta Rodrigo, acostumado a atender grupos do setor educacional, como o Colégio e Faculdade Bagozzi, em Curitiba, o Instituto Federal do Paraná e o Instituto Federal do Mato Grosso do Sul.

Resistência e manutenção

Em relação aos tipos de pisos existentes, as opções disponíveis são inúmeras. Conforme Rodrigo Freire, os pisos vinílicos são uma boa opção. “Antigamente estes pisos eram instalados em pequenas placas que descolavam e ressecavam com facilidade. Atualmente o mercado dispõe de produtos com maior tecnologia, aplicados em mantas que não permitem  entrada de umidade e evitam o descolamento. Outra vantagem é a manutenção facilitada. As opções de acabamento são as mais diversificadas, permitindo que o arquiteto se utilize do revestimento para criar atmosferas diferentes conforme o ambiente”, pondera.

A recomendação é que a escolha seja preferencialmente realizada com o apoio de um arquiteto. “Cada ambiente requer um tipo de piso, mas o que deve ser observado em todos os casos é a resistência e facilidade de higienização e manutenção”, diz Rodrigo. Outros critérios podem ajudar na decisão final da escola: durabilidade, conforto térmico e acústico, índices de propagação de fumaça e resistência ao fogo, aderência e estética. A decisão por um piso emborrachado ou levemente áspero auxilia na locomoção e pode evitar quedas.

Mas, seja qual for o material escolhido, a correta instalação é fundamental para obter o melhor desempenho do piso. “A instalação correta aumenta a vida útil dos produtos. Por exemplo, um piso laminado mal colado tende a soltar. Um piso cerâmico sem o preenchimento adequado de argamassa pode provocar rachaduras e quebras mesmo dos produtos mais resistentes”, orienta o arquiteto. No caso de reforma na escola, o profissional não vê contraindicações em recuperar um piso existente, desde que o material esteja de acordo com o uso proposto. Pisos de madeira podem ser tratados, explica: “Existem produtos de alto desempenho que podem oferecer boa proteção à madeira contra o desgaste proveniente do uso e também da manutenção.”

Atenção especial

Fabiane Boyadjian Guimarães, diretora do Berçário e Escola Balou, localizado no Morumbi, zona sul de São Paulo, sempre deu grande importância para os pisos utilizados nos espaços da instituição. Fabiane inaugurou a escola há nove anos e costuma realizar melhorias semestralmente. Ela atende crianças de zero a cinco anos e tinha pisos do tipo Paviflex nas salas de aulas. “Pensei em trocar por outras cores do mesmo material mas preferi um piso com maior durabilidade. Por isso optei por um laminado, em um tom bege claro liso. O piso não tem rejunte, não é frio. Para nós o piso sempre foi uma questão muito importante na escola. Fazemos roda com as crianças no chão, sentamos para brincar, analisamos vários critérios”, explica.

Além das frequentes reformas na primeira unidade, Fabiane está agora finalizando as obras da nova escola, localizada no mesmo bairro, e que atenderá apenas crianças de zero a três anos. A nova unidade terá três salas de berçário, três salas de aula, refeitório e cozinha, além de lactário e refeitório exclusivo para os bebês.

A escolha dos materiais utilizados nos pisos foi feita com extremo cuidado por Fabiane e sua mãe e sócia, Mary Boyadjian, ambas pedagogas. “O primeiro critério é que não seja um piso frio. Pisos frios são indicados para limpeza, mas não para crianças que ficam no chão. E como nosso foco é o berçário, precisamos de excelente higienização mas também de bom toque, segurança e que não seja escorregadio.” Analisando todos os critérios, Fabiane e Mary escolheram para as salas da nova escola o piso líquido, uma resina que é aplicada sobre um contrapiso bem nivelado. “É um material muito utilizado em hospitais justamente pela facilidade de higienização”, diz Fabiane. Além disso, possibilita o uso de cores e de desenhos, dando um aspecto mais lúdico ao espaço. “A escola não pode ter aparência de hospital. Precisamos do lúdico”, completa.

Saiba Mais

Aglair Iara Tito Fraga:
aglair@viladosaber.com.br

Rodrigo Freire:
freire@proa.com.br

Fabiane Boyadjian Guimarães:
fabiane@balou.com.br

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