Quando refletimos e estreitamos nossa ótica sob os primeiros anos da educação infantil, elegemos, de maneira absoluta, a presença de brincadeiras como ações fundamentais no cerne da aprendizagem. A arte da brincadeira cria, propicia, estabelece, compreende e explora uma multiplicidade lúdica de desenvolvimento integral do ser humano (social, cultural, emocional, cognitivo e físico), bem como um importante recurso de comunicação, entretenimento, criatividade e autonomia.
Através da brincadeira, as crianças aprendem sobre seus corpos, suas possibilidades, sobre si e sua interação com o outro. “A brincadeira é a mais alta forma de pesquisa, promove o desenvolvimento do cérebro e ajuda a criança a desenvolver habilidades e competências que serão de grande importância para seu desenvolvimento cognitivo e psicossocial”, destacam Tânia Martin e Mindla Fleider, coordenadoras da Educação Infantil do Colégio Renascença (SP).
Dessa forma, observamos alguns equipamentos que permitem e instigam a relação da criança com a brincadeira: os playgrounds, por exemplo. Além do bem-estar e de todo aspecto positivo e gratificante que os brinquedos instalados nas escolas podem proporcionar, é preciso ressaltar a importância de alguns requisitos para os momentos de lazer.
Os modelos variam de acordo com faixa etária, tamanho e cores. Os modelos encontrados no mercado podem variar em modulados, escorregadores, casinhas, gangorras, balanço, trapézios e uma lista gigantesca de brinquedos projetados para playground com o intuito de promover o entretenimento saudável e descomplicado. Os playgrounds podem ser confeccionados em ferro, madeira ou plástico.
As coordenadoras Tânia e Mindla indicam que, desde bem pequenas, as crianças podem explorar playgrounds. “Para as crianças de 0 a 5 anos, os brinquedos devem ser de plástico e com as pontas arredondadas e que fiquem a pouca distância do chão. É ideal, também, que apresentem o piso emborrachado para amortecer as possíveis quedas. Os brinquedos mais indicados são os de rotomoldagem, como gira-gira, gangorras, escorregadores, túneis e piscinas de bolinhas”.
Com relação aos aspectos que tangem a segurança na utilização dos brinquedos, as coordenadoras citam algumas recomendações, como: evitar que a criança brinque com roupas que possam ficar presas em algum brinquedo e provocar um acidente (como cachecol, corrente no pescoço ou capuz, por exemplo); se os brinquedos ficam ao ar livre, expostos ao sol, é importante que verifiquem a temperatura do material; e os adultos, que monitoram as crianças, devem estar sempre atentos.
“Por conta da altura dos brinquedos é importante que o piso sob os brinquedos seja com amortecedor de impacto. Ele pode ser de areia, terra batida, pedrisco, lascas soltas de madeira ou pisos de borracha. O playground deve passar por limpeza geral frequente, especialmente em pisos granulados, como areia. Neste caso, é necessário trocar, lavar, proteger dos gatos, revirar, verificar se ficou algum brinquedo perdido e nivelar”, finalizam. (RP)
Saiba mais:
Tânia Martin – tania.m@renascenca.br
Mindla Fleider – mindla.f@renascenca.br