Matéria publicada na edição 104| Dezembro 2014 – ver na edição online
Aulas diversificadas e tecnologia em tempo integral
Por Rafael Pinheiro
As características do mundo globalizado, criando perspectivas, traçando caminhos unificados e, consequentemente, aliando propostas e facilitando a realidade do cotidiano reverberam uma situal em voga: a tecnologia como ponto de partida. Atravessamos uma era que não dispensamos os dispositivos digitais, pelo contrário, assumimos compromissos, realizamos transações, adcionamos conhecimento e viajamos através de uma tela de computador, garantindo entretenimento e interação.
Acompanhar todo esse processo tecnológico é uma forma de atribuir fatores e ferramentas utilitárias em diversos âmbitos sociais. Esse caráter inclusivo gera, então, uma reflexão e também uma repaginação de métodos tradicionais e formatos que começam a perder seu espaço, introduzindo, aos poucos, novas práticas.
A escola, enquanto espaço educacional, carrega em si o papel fundamental em compreender o cenário mundial atual. Esse espaço de aprendizagem contribui para uma reflexão e uma discussão sobre a reconstrução da metodogia pedagógica, tendo como principal objetivo a criação de alunos protagonistas e agentes ativos de transformações sociais. E a interação tecnológica é a palavra-chave para essa mudança.
Os meios digitais agregam inúmeras características positivas, como por exemplo a intensificação na comunicação professor-aluno-professor. O processo comunicativo passa a ser muito mais eficaz, pois o professor fala e comunica em uma linguagem com a qual o aluno se identifica. Além do dinamismo que as ferramentas tecnológicas propõem com aulas diversificadas. “Está mais do que comprovada a legitimidade do conteúdo digital e o seu importante papel no engajamento dos alunos: o dinamismo, interatividade e impacto na percepção visual, auditiva e cinestésica melhoram exponencialmente os resultados dos alunos”, afirma Nuno Fernandes, especialista em soluções para a educação.
Segundo o especialista, o aprendizado pode ser estimulado de diferentes formas, através da pesquisa, da leitura, ou de atividades lúdicas. Feita uma escolha adequada e incisiva do conteúdo/formato ideal, o professor consegue alcançar níveis surpreendentes de engajamento e dedicação.
A relação ensino-aprendizagem assume, assim, uma nova postura, enfrentando mudanças significativas em sua didática. A metodologia tradicional começa a perder seu espaço gradativamente, alimentando práticas de ensino adaptáveis às necessidades da sociedade e das novas gerações. “O mundo de hoje, no qual a informação flui em diferentes formatos, exige que o professor se adapte e mude as suas práticas pedagógicas/metodológicas. O professor é cada vez mais um mediador, que abandona um papel ‘magistral’, para mediar o acesso dos alunos à construção do conhecimento. O aluno, por sua vez, de ‘receptor’, passa a ser um ator ativo, construtor do seu saber”, destaca Nuno.
Estas metodologias, além de implicarem uma utilização positiva e construtiva das tecnologias na aula, levam também ao desenvolvimento de competências chave nos alunos, tais como a criatividade, o trabalho em equipe, competências de comunicação e expressão, etc. “Competências essas que serão essenciais para os alunos terem sucesso em um mundo cada vez mais competitivo e exigente”, complementa o especialista.
Compreendemos essa forte tendência tecnológica como um avanço relevante ao âmbito escolar. As facilidades e a aproximação que o meio virtual incita no cotidiano escolar, atribui aspectos positivos na aprendizagem, construindo uma relação de ensino que transcende os livros, apostilas e embarcam em lousas digitais, aplicativos, softwares e equipamentos que expandem o conhecimento. Aliando novos meios didáticos para uma nova geração – sedenta por entretenimento e dinamismo. (RP)