Matéria publicada na edição 38 | Maio 2008 – ver na matéria online
A evolução das coberturas
Toldos e coberturas de policarbonato cumprem basicamente a função de proteger as pessoas da chuva e do sol. Numa escola, as coberturas são instaladas em espaços destinados ao lazer e recreação, além de abrigar alunos, professores e funcionários enquanto entram e saem da instituição. Para essas finalidades são adequados tanto o toldo comum, fabricado em lona, quanto a cobertura de policarbonato.
Em comparação com o vidro, o policarbonato ganha no quesito peso (é 50% mais leve), e na resistência a impactos (250 vezes maior que o vidro, no caso das chapas compactas, e 30 vezes maior que o vidro, nas chapas alveolares). O policarbonato é auto-extinguível, isto é, não propaga chamas, tem a possibilidade de ser curvado a frio, e ainda contribui para a economia de energia, pois aproveita a luz natural. “Para áreas de circulação, proteção de portas e áreas que necessitem de boa iluminação, as coberturas de policarbonato, por serem translúcidas, podem resultar em soluções esteticamente apropriadas, além de garantir a incidência de luz tão necessária aos ambientes de estudo”, analisa Heloisa Herkenhoff, arquiteta da Bloch Arquitetos Associados. Estruturas retráteis com placas de policarbonato podem ser a solução para ambientes onde sejam necessários períodos com proteção da chuva, e outros em que a luz natural entre diretamente no ambiente.
“Existe uma crescente preocupação com os malefícios do sol na pele das crianças. Em países como a Austrália, áreas de recreação são também sombreados por lonas estruturadas”, afirma Heloísa. O ideal é que as coberturas estejam previstas no projeto original do edifício escolar, de maneira a garantir um bom resultado estético, fugindo do chamado “puxadinho”. Caso isto não seja possível, cuidados adicionais devem ser tomados visando a perfeita integração dos novos elementos ao edifício existente, tornando-os parte da linguagem arquitetônica.
Quem optar pelos tradicionais toldos, encontrará no mercado lonas vinílicas resistentes, diferentes das antigas lonas coloridas de algodão. Com a evolução das lonas ou membranas, têm ganhado espaço no mercado as chamadas tensoestruturas. Nas tensoestruturas, a própria membrana, de alta resistência, é tensionada por meio de cabos especiais, criando estruturas tridimensionais de resultados estéticos surpreendentes, somados à possibilidade de uso de cores e iluminação especial, favoráveis ao uso educacional. A arquiteta finaliza orientando que a variação de preços das empresas fornecedoras de coberturas pode ser um indicativo da qualidade: custos excessivamente baixos costumam indicar materiais menos duráveis e detalhes construtivos menos elaborados.