Matéria publicada na edição 13 | fevereiro 2006 – ver na edição online
Múltiplas opções para o ensino de música
Mais do que ensinar aos alunos a leitura de partituras musicais, em muitas escolas as aulas de música buscam ampliar o universo musical de crianças e adolescentes, seja através do uso de instrumentos ou mesmo da voz. Nas aulas de canto, são trabalhadas, além da técnica vocal, noções corporais e rítmicas. Adotar um repertório musical bem variado, inclusive com músicas folclóricas, estimula nas crianças a musicalização, a cooperação, o trabalho em conjunto e a disciplina.
Junto da voz, pode-se utilizar a flauta doce, instrumento que costuma ser sinônimo de aulas de música, especialmente para crianças a partir de seis anos. A flauta doce pedagógica é apropriada para a iniciação musical. Com cinco orifícios e sete sons, facilita o trabalho dos pequenos. No Ensino Fundamental I, normalmente costuma-se passar para a flauta doce soprano. As flautas são fabricadas em madeira ou material plástico, estas com a vantagem de ter um custo menor.
Antes da flauta doce, na Educação Infantil, pequenos instrumentos de percussão são os mais utilizados, privilegiando o ritmo. Entre os instrumentos preferidos está metalofone, xilofone, ganzá, agogô, reco-reco, sinos, apitos, pandeiro pastoril, prato, triângulo, clava. A partir da 5ª série, podem ser adotados instrumentos de percussão maiores, caso de tambores e surdo, além de alfaias, afoxé e maraca.
Construir instrumentos com as crianças é uma opção criativa e que dá ótimos resultados. Marisa Trench de Oliveira Fonterrada, docente do Instituto de Artes da UNESP, comenta que as crianças podem pesquisar em casa objetos que produzam som. Sapatos de sola, salto alto e sandálias com conchinhas que mais parecem chocalhos produzem sons interessantes. Jornal, sobras de madeira, ferro e junco, cabides onde se penduram chaves e tubinhos de anestésico de dentista também ajudam a construir instrumentos.