Matéria publicada na edição 19 | agosto 2006- ver na edição online
Escolha o melhor
Quando se trata da escolha das lousas da escola, não se deve decidir a compra apenas levando em consideração o preço. Comprar lousas de qualidade representa maior durabilidade e economia ao longo do tempo. Haylton Roberto de Araújo, fabricante de lousas e quadros de diversos tipos, comenta que, às vezes, visando economia, a escola opta por pintar a parede com uma tinta tipo lousa. “Depois de cerca de dois meses, o giz já não pega mais e é preciso repintar a área. Já quando a lousa é produzida sobre um chassis de madeira, pode-se dar manutenção, trocando o laminado melamínico e aproveitando a moldura e estrutura”, afirma.
Também é preciso estar atento ao material com que a lousa é fabricada. Há modelos que utilizam chapas pintadas que, segundo Araújo, não têm a mesma durabilidade das revestidas com laminado melamínico. “Quanto mais áspera a lousa, melhor para agredir o giz. Na lousa muito lisa o giz não pega”, esclarece. Em relação às cores, o tradicional quadro negro hoje não é mais utilizado. As preferências ficam entre lousas azuis e verdes. Na lousa verde, Haylton comenta que há a opção da superfície com quadriculados de cinco por cinco centímetros em verde mais escuro. “O quadriculado facilita o trabalho do professor”, sustenta.
Já os quadros brancos estão sendo muito procurados pelas escolas para eliminar o problema do pó produzido pelo giz, que pode causar danos tanto à saúde do professor como dos alunos, especialmente crianças alérgicas. Haylton explica que as lousas para giz representam um custo inicial maior, porém se tornam mais econômicas quando comparado o custo do giz ao das canetas específicas para quadros brancos. Esse tipo de quadros requer maiores cuidados na utilização e manutenção. “Usa-se erradamente o pincel atômico nos quadros brancos. Também não se deve limpar a superfície com esponja áspera. O quadro branco é altamente brilhante e o apagador deve ser bem macio, para não riscar o quadro”, diz.
Além das lousas e dos quadros brancos, os quadros de avisos em feltro ou cortiça também não podem faltar nas escolas. Conforme Araújo, tanto o feltro quanto a cortiça são forrações colocadas em cima de uma base de material acústico, o celotex. Há quadros, porém, produzidos com papelão ou isopor no seu miolo, diminuindo a durabilidade. Araújo dá uma dica visando a segurança das crianças: prefira alfinetes com ponta colorida aos percevejos para fixar os avisos. “O alfinete é mais comprido e espeta mais no quadro. E o percevejo, quando cai no chão, cai com a ponta para cima, o que pode causar acidentes, enquanto o alfinete cai deitado”, define.